Hoje na Economia 06/05/2016

Hoje na Economia 06/05/2016

Edição 1511

06/05/2016

Mercados abrem os negócios cautelosos, nesta manhã, enquanto aguardam pelo relatório de emprego que será divulgado nos EUA, logo mais (9h30). Em abril, o ritmo de criação de vagas manteve o padrão de lenta desaceleração dos últimos meses, segundo as projeções do mercado. Os analistas projetam criação líquida de 200 mil postos de trabalho no mês, ligeiramente abaixo dos 215 mil registrados em março. A taxa de desemprego deve recuar para 4,9% em abril, contra 5,0% no mês anterior.

Em que pese esse quadro de virtual pleno emprego apresentado pelo mercado de trabalho americano, os contratos de juros futuros precificam baixa probabilidade de o Fed voltar a subir os juros na reunião do Fomc de junho: apenas 10%, contra 20% projetado um mês atrás. No momento, o dólar recua frente às principais moedas. O dólar index situa-se me 93,552 pontos, com queda de 0,23%. O juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se estável em 1,740% ao ano, enquanto o índice futuro de ações S&P 500 registra queda de 0,14%.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com queda de 0,62% no momento, podendo fechar a semana com perda acumulada de 3,3%. Principais bolsas de ações da região operam no vermelho: Londres -0,72%; Paris -0,91% e Frankfurt -0,50%. O euro é negociado a US$ 1,1423, subindo em relação à cotação de US$ 1,1404 de ontem à tarde.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, com os investidores demonstrando cautela antes da publicação de novos dados do mercado de trabalho norte-americano. O índice MSCI Asia Pacific teve desvalorização de 0,6%, elevando a perda acumulada na semana para 3,3%. No Japão, após três dias de feriados, a bolsa de Tóquio registrou queda moderada, com índice Nikkei recuando 0,25%. O dólar é negociado a 106,90 ienes, contra 107,26 ienes de ontem à tarde. Na China o índice Xangai Composto apresentou queda mais pronunciada (-2,28%), em meio a rumores de que o regulador de títulos mobiliários de Pequim quer interromper a listagem no país de empresas chinesas com ações negociadas nos EUA. Além disso, há preocupações sobre uma série de calotes em pagamentos de bônus emitidos por empresas locais. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve queda de 1,66%.

No mercado de commodities, preocupações com a demanda por metais por parte da China, que vem perdendo força, derrubaram os preços de metais básicos, cujo índice perde 1,87% nesta manhã. As commodities agrícolas também operam no vermelho: -1,89%. No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 44,07/barril, com queda de 0,59%, nesta manhã.

No Brasil, a rebaixamento do rating brasileiro pela agência Fitch não deve se traduzir em estresse para os mercados hoje. Afinal, a ação foi um mero ajuste, uma vez que a Fitch estava atrasada, se equiparando às demais (Moody’s e Standart& Poor’s) com o movimento de ontem. O foco dos mercados hoje se encontra na divulgação da inflação oficial de abril. Segundo o consenso do mercado, o IPCA subiu 0,54% no mês, colocando a inflação acumulada nos últimos doze meses em 9,20%. Será divulgado também o IGP-DI de abril, para o qual se projeta 0,36% no mês e 10,46% em doze meses.

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