Hoje na Economia 06/06/2014

Hoje na Economia 06/06/2014

Edição 1046

06/06/2014

Mercados abrem, nesta manhã, operando em compasso de espera, aguardando a divulgação do relatório de emprego nos EUA, que poderá reforçar a estratégia do banco central americano (Fed) de redução dos estímulos monetários à medida que a economia dá sinais consistentes de recuperação. As projeções apontam para a continuidade do processo de fortalecimento do mercado de trabalho. Segundo as estimativas do mercado, a economia americana deve ter criado liquidamente 215 mil vagas em maio, contra 288 mil em abril.. A taxa de desemprego deve ficar em torno de 6,4%.

Os índices futuros das principais bolsas norte-americanas operam no azul, mas com discretas altas (S&P +0,12% e D&J +0,20%). O dólar mostra ligeiro avanço frente às principais moedas (dólar index: +0,14%), ao mesmo tempo em que o juro pago pela Treasury de 10 anos permanece flutuando ao redor de 2,56% ao ano. A moeda americana mostra baixa oscilação em relação às demais moedas nesta manhã, refletindo a cautela dos investidores, que evitam grandes movimentações antes da divulgação do relatório de emprego nos EUA.

Na Ásia, as bolsas operaram entre altos e baixo, levando o índice MSCI Asia Pacific a encerrar o dia com ganho de 0,3%. Na bolsa de Tókio, o índice Nikkei fechou praticamente estável (-0,01%), acumulando alta de 3,0% na semana, o melhor desempenho semanal desde abril último, refletindo as fortes compras dos fundos de pensão ocorridas no período. O dólar vale 102,36 ienes nesta manhã, recuando ante 102,44 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou com queda de 0,54%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong contabilizou perda de 0,69%.

Na Europa, os mercados absorvem as medidas de estímulos anunciadas pelo Banco Central Europeu, que embora fossem esperadas pelos analistas, tiveram impactos positivos sobre a procura de títulos de países periféricos, derrubando os juros pagos por esses papeis. No mercado de ações, maioria das bolsas opera em alta, com o índice STOXX600 subindo 0,30%, no momento. Em Londres, o FTSE100 registra ganho de 0,26%, enquanto o CAC40 de Paris e o DAX30 de Frankfurt registram +0,12% e +0,17%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,3623 contra US$ 1,3664 de ontem à tarde.

No mercado de petróleo, o produto WTI é negociado a US$ 102,73/barril, com alta de 0,24% no momento. Demais commodities operam no vermelho.

A Bovespa deve acusar, em parte, os efeitos do relatório de emprego americano sobre as bolsas internacionais. Mas contará com uma pitada doméstica decorrente dos efeitos da divulgação, ontem à noite, de pesquisa eleitoral elaborada pela Datafolha. Os dados americanos também influenciarão o câmbio, com grande probabilidade de o dólar se valorizar ante ao real, obrigando o BC a novas intervenções. No mercado de juros, após a ata deixar claro que o Copom não pretende mexer nos juros tão já, a divulgação do IPCA de maio (consenso 0,38%) deve ter impactos mínimos sobre a curva de DIs futuros.

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