Hoje na Economia 06/06/2016

Hoje na Economia 06/06/2016

Edição 1531

06/06/2016

Os negócios são operados, neste dia, com foco na política monetária americana. Após dados sobre emprego mostrarem um quadro, surpreendentemente, negativo para o mercado de trabalho americano em maio, os investidores estarão de olho na palestra de Janet Yellen na Filadélfia, hoje as 13h30 de Brasília. O mercado praticamente afastou a possibilidade de o Fed subir os juros na reunião do Fomc em junho. Espera-se que Janet Yellen sancione a visão de esperar por novos indicadores antes da decisão de retomar o aperto monetário.

As bolsas asiáticas fecharam em direções opostas, nesta segunda-feira, reflexo da decepção com o fraco relatório de emprego divulgado nos EUA. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,2%, refletindo os ganhos com ações de energia e matérias primas. No Japão, a bolsa de Tóquio fechou em baixa, com o índice Nikkei registrando desvalorização de 0,37%. Os destaques de baixa foram as ações de bancos, seguradoras e exportadoras, refletindo a valorização do iene frente às principais moedas. O dólar é negociado a 107,15 ienes, com ligeira valorização frente à cotação de 106,64 ienes de sexta-feira à tarde. Na China, o índice Xangai Composto teve desvalorização de 0,16%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,40%, no dia de hoje.

Na Europa, a maioria dos mercados de ações opera em alta, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,05%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,94%; em Paris o CAC40 tem discreta queda (-0,06%); em Frankfurt, o índice DAX registra valorização de 0,13%, no momento. O euro recua para US$ 1,1341, de US$ 1352 no fim da tarde de sexta-feira.

Os ativos americanos operam com discretas oscilações, enquanto aguardam pelo discurso de Jante Yellen, para definirem posições mais firmes. O futuro do índice de ações S&P500 opera em ligeira alta (+0,06%), enquanto o dólar sustenta discreta valorização frente às principais moedas. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 0,71%, para 1,713% ao ano.

Os preços do petróleo sobem com alta superior a 1%, nesta manhã, impulsionados pelo dólar mais fraco – que chegou a cair 1,5% em relação à cesta de moedas após a payroll na sexta-feira – como também pelos ataques à infraestrutura petrolífera na Nigéria, reduzindo a produção no país. O produto tipo WTI é cotado a US$ 49,14/barril, com alta de 1,09%.

Frente a esse ambiente externo, o dólar deve continuar perdendo em relação ao real, devendo buscar patamares mais próximos de R$ 3,50/US$. Melhoria do clima local, principalmente se o governo der sinais mais contundentes sobre sua capacidade política de implementar o ajuste fiscal esperado pelo mercado, o câmbio pode romper aquele nível, podendo trazer de volta o BC ao mercado, com oferta de swap reverso. Nos juros, um dos destaques desta semana será a sabatina de Ilan Goldfajn (terça-feira)no Senado, onde poderá dar indicações sobre os próximos passos da política monetária. Isso pode transformar a reunião do Copom desta semana em um não evento. O consenso é de manutenção da Selic em 14,25% ao ano. Na mesma quarta-feira, será divulgado o IPCA de maio, sinalizando alta de inflação.

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