Hoje na Economia 06/07/2016

Hoje na Economia 06/07/2016

Edição 1553

06/07/2016

Prevalece ambiente de forte aversão ao risco, nesta manhã. Ganha força a preocupação de que a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) empurrará a economia mundial para a recessão. Os efeitos começam a ficar claros na Europa e Inglaterra, onde os respectivos sistemas bancários enfrentam as primeiras dificuldades, exigindo atenção das autoridades monetárias.

Aumenta a demanda dos investidores por ativos considerados mais seguros, levando os juros dos bônus de diversos países para baixas históricas. Os títulos japoneses, os JGBs, registram juros negativos pela primeira vez na história. O iene se valoriza, subindo 1,27% no momento, com a cotação atingindo de 100,46 ienes por dólar. O aumento das preocupações com os efeitos do Brexit, por sua vez, derrubaram a bolsa de Tóquio, levando o Nikkei a fechar em queda de 1,85%. A bolsa de ações de Hong Kong também acusou os impactos do Brexit, com o Hang Seng encerrando o dia com perda de 1,23%. Na China Continental, o índice Xangai Composto registrou alta de 0,36%. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific teve desvalorização de 1,4%.

A agenda econômica dos EUA prevê, para hoje, a divulgação da ata da reunião de política monetária do Fed (Fomc) ocorrida no mês passado. Seria o principal evento não fosse o fato de já nascer envelhecida, diante da ocorrência posterior do Brexit. Mesmo assim, guarda certo interesse ao trazer as razões que levaram os membros do Fed a reduzirem suas expectativas para evolução dos juros até 2018. No momento, o yield pago pelo T-Bond de 10 anos, em linha com ambiente de maior aversão ao risco, recua 3,05%, situando-se em 1,335% ao ano. O índice DXY mostra fraca oscilação nesta manhã, refletindo um dólar estável frente à cesta de moedas. O índice futuro de ações S&P 500 recua 0,60%, no momento.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, perde 1,52%, acompanhando a queda da maioria das bolsas da região: Londres, FTSE100 -0,69%; o CAC40 de Paris -2,09%; o DAX de Frankfurt -2,00%. A libra esterlina aumentou suas perdas durante os negócios asiáticos, operando no menor nível em 31 anos. No momento, é negociada a US$ 1,2943, com queda de 0,60% ante a moeda americana. O euro troca de mãos a US$ 1,1059, contra US$ 1,1072 de ontem à tarde.

Entre as commodities, os metais preciosos são beneficiados (+1,53%, no momento), com destaque para o ouro que sobe 1,21%. O petróleo tipo WTI para entrega em agosto é negociado a US$ 46,36/barril, com queda de 0,54%.

O forte sentimento de aversão ao risco que contamina os principais mercados globais deve levar a Bovespa a mais uma queda no dia de hoje, ajudada também pelos números fiscais deficitários que prevalecem neste início de governo Temer, abalando a credibilidade fiscal. Apesar de o ambiente favorecer a valorização do dólar, o Banco Central efetuará, hoje, mais um leilão de swap reverso, favorecendo apostas que o valor do dólar deve voltar para cima de R$ 3,40/US$, no curto prazo.

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