Hoje na Economia 06/07/2017

Hoje na Economia 06/07/2017

Edição 1801

06/07/2017

Nesta quinta-feira, investidores mostram-se mais cautelosos, evitando maior exposição ao risco, de olho no desenrolar do imbróglio na península coreana, ao mesmo tempo em que esperam pelo resultado da cúpula de líderes do G-20, que começa amanhã na Alemanha. Predomina a expectativa de que o G-20 de sinais de como os aliados do Ocidente vão encarar as ameaças da Coreia do Norte.

A cautela predominou nos negócios na Ásia. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o pregão com queda de 0,44%, ficando, novamente, abaixo dos 20 mil pontos. A volatilidade da moeda japonesa, que chegou a se valorizar no início dos negócios, prejudicou os papeis das exportadoras. No momento, o dólar é cotado a 113,37 ienes contra 113,18 ienes no final da quarta-feira. Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou com baixa de 0,22%, refletindo as maiores quedas de ações de bancos e de telecomunicações. Na contramão da região, as bolsas da China terminaram em leve alta. O índice Xangai Composto terminou com ganho de 0,17%.

Na Europa, os principais mercados de ações da região operam em queda. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,57%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,32%; em Paris, o CAC40 recua 0,77%; em Frankfurt o DAX tem desvalorização de 0,56%. Enquanto se aguarda pela divulgação da ata da reunião de política monetária do BCE, ocorrida na semana passada, o euro é negociado a US$ 1,1364 contra US$ 1,1346 de ontem à tarde em Nova York.

Entre os ativos americanos, em meio as preocupações com a crise na Coreia do Norte, repercute ainda a ata da última reunião do Fed, divulgada ontem à tarde. O texto mostrou a falta de consenso entre os membros da instituição, tanto quanto à evolução da inflação como também sobre o momento em que se deve iniciar a redução da quantidade de ativos em seu balanço. Na agenda econômica, será divulgado o relatório de emprego privado da ADP, que dificilmente deverá sustentar o ritmo de criação de vagas dos meses recentes. O consenso prevê criação líquida de 185 mil postos de trabalho em junho, desacelerando de 235 mil criados no mês anterior. No momento, o juro da Treasury de 10 anos encontra-se em 2,361% ao ano (alta de 1,61%), enquanto o dólar, medido pelo índice DXY, perde cerca de 0,20% em relação a uma cesta de moedas. O índice futuro de ações S&P500 registra queda de 0,29%, nesta manhã.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, desde a sessão asiática, refletindo as expectativas de redução nos estoques do produto nos EUA. Essa percepção poderá ser confirmada pela divulgação do relatório do Departamento de Energia (DoE), no começo da tarde de hoje. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em agosto, é negociado a US$ 45,70/barril, com alta de 1,26%, no momento.

Com agenda doméstica de indicadores econômicos esvaziada, as atenções se dividirão entre as tendências dos mercados no exterior e o desenrolar do quadro político doméstico. O presidente Temer busca reagir contra uma situação que vai mostrando-se cada vez mais adversa. Há rumores que o doleiro Lúcio Funaro, apontado como maior operador do ex-deputado Eduardo Cunha, está perto de fazer delação premiada. Na CCJ, os votos contra o presidente aumentam, enquanto se espera por novas denúncias da Procuradoria Geral da República.

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