Hoje na Economia – 06/07/2020

Hoje na Economia – 06/07/2020

Mercados iniciam os negócios otimistas, nesta segunda-feira, com grande apetite ao risco, favorecendo a maioria das bolsas internacionais. Esse comportamento é estimulado pelos bons números de atividade que vem sendo divulgados em diversas partes do globo, notadamente nos EUA. Ganham força as apostas em uma retomada do crescimento global mais rápida e robusta do que se imaginava há alguns meses.

Outro fator a alimentar o otimismo dos investidores veio da China. As bolsas chinesas fecharam em forte alta nesta segunda-feira, com Xangai garantindo seu maior ganho diário desde 2015 e atingindo o maior nível desde o começo de 2018. As ações financeiras foram as mais procuradas, favorecidas pela esperança de que os sinais de recuperação da economia chinesas, após o choque de coronavírus, levem a um “bull market”. O índice Xangai Composto subiu 5,71%, no pregão de hoje. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou ganho de 3,81%. Em Tóquio, o japonês Nikkei avançou 1,83%, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 1,65% em Seul. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou essa segunda-feira com alta de 1,70%. No câmbio, o dólar é negociado a 107,55 ienes, com ligeiro enfraquecimento (-0,05%) da moeda japonesa.

As bolsas europeias acompanharam as asiáticas e iniciaram o dia registrando altas significativas. Investidores permanecem focados nas perspectivas de recuperação econômica, como também de olho nos avanços de possíveis tratamentos para o covid-19. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 1,19%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,70%, enquanto o CAC40 avança 1,34% em Paris. Em Frankfurt, o DAX registra avanço de 1,34%. O euro se valoriza 0,36%, cotado a US$ 1,1288. Na Alemanha, as encomendas à indústria deram em salto de 10,4% em maio ante abril, ficando ligeiramente abaixo das previsões do mercado (15%).

No mercado americano, os ventos positivos também são alimentados pela expectativa de que a economia global deve se recuperar mais rapidamente do choque de coronavírus do que se previa em abril. Indicadores sobre o mercado de trabalho e indústria divulgados na semana passada nos EUA dão base a essa esperança. Os índices futuros das principais bolsas de ações de Nova York também são estimulados pelo rali das bolsas chinesas, nesta segunda-feira. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 1,22%; S&P 500 avança 1,05%; Nasdaq tem ganho de 1,13%. O rendimento pago pelo T-Bond de 10 anos avança três pontos base para 0,682%, ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, opera em baixa nesta manhã: recua 0,25% para 96,93 pontos.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, navegando na esteira do otimismo em relação à economia global e impulsionado pelo rali das bolsas chinesas no dia de hoje. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para entrega em agosto é negociado a US$ 40,82/barril, com alta de 0,42%.

A Bovespa deve abrir acompanhando as altas ditadas pelos futuros de ações americanos bem como pela forte valorização mostrada pela bolsa chinesa no pregão de hoje. O movimento de alta, por sua vez, pode ser limitado pelos avanços da pandemia e pelos problemas fiscais à frente. Neste dia de menor aversão ao risco, com o dólar perdendo valor globalmente, a taxa de câmbio deve ficar flutuando em torno de R$ 5,30/US$, enquanto os vértices mais longos da curva de juros futuros devem ficar oscilando, acompanhando as flutuações na percepção ao risco dos investidores ao longo do pregão.

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