Hoje na Economia 06/08/2014

Hoje na Economia 06/08/2014

Edição 1086

06/08/2014

A concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia aumenta as tensões na região alimentando forte aversão ao risco nos diferentes mercados mundiais.

Na Ásia, a maioria dos mercados acompanhou a queda ocorrida, ontem, nas bolsas de Nova York, enquanto novos elementos da crise na fronteira russa reforçavam o movimento de busca por ativos considerados seguros. O índice MSCI Asia Pacific apurou queda de 0,4%. No Japão, nem mesmo os bons resultados corporativos divulgados evitaram que o índice Nikkei fechasse com queda de 1,05%, a quinta sessão consecutiva de baixa. O dólar é cotado a 102,38 ienes, no momento, contra 102,60 no final da tarde de ontem. Na China, a bolsa de Xangai fechou em queda de 0,11%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 0,26%, na sessão de hoje.

Na Europa, além da elevação da temperatura na Ucrânia, pesou também a queda inesperada nos pedidos de fábricas na Alemanha, que caíram 3,2%% em junho ante o mês anterior, contra projeções de aumento de 0,9%. O índice STOXX600 recua 1,31% nesta manhã, acompanhado por Londres -1,00%; Paris -1,16% e Frankfurt -1,47%. O dólar segue se valorizando frente ao euro, sendo negociado a US$ 1,3344, contra US$ 1,3378 no final do pregão de ontem.

A escalada da aversão ao risco leva a busca por ativos denominados em dólar, derrubando os preços das treasuries, reduzindo o juro pago pelo T-Bond de 10 anos para 2,44% ao ano, nesta manhã. O dólar se fortalece ante as principais moedas, com o dólar index subindo 0,43% no momento. Os futuros das principais bolsas de ações americanas apontam para mais um dia de baixa. Os índices S&P e D&J apuram quedas de 0,22% e 0,27%, respectivamente, no momento.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 97,59/barril, com alta de 0,22%. Entre as demais commodities, agrícolas e metais operam com valorizações de 0,27% e 0,25%, respectivamente.

As tensões no Leste Europeu, com o aumento das chances de a Rússia invadir a Ucrânia, alimentam a aversão ao risco nesta manhã. Esse quadro aumenta a pressão do dólar, podendo levar a taxa de câmbio a romper a barreira dos R$ 2,30/US$. Banco Central deve reforçar as intervenções. No mercado de juros, o recuo dos Treasury Bonds de 10 anos deve manter em baixa os DIs futuros, que pode ser atenuada pelo movimento de alta do dólar. A Bovespa, sem perder de vista o cenário externo, deve também refletir os balanços da OI, Eletropaulo e Ultrapar.

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