Hoje na Economia 06/08/2018

Hoje na Economia 06/08/2018

Edição 2069

06/08/2018

Investidores evitam ativos de risco em geral, nesta manhã. Aumentam as preocupações com a guerra comercial entre EUA e China, com Pequim ameaçando retaliar de maneira incisiva caso Washington insista em agravar o conflito entre os dois países.

Na Ásia, em meio a direcionais distintos tomados pelas bolsas da região, o mercado acionário chinês registrou pesada baixa. A bolsa de Xangai fechou com queda de 1,29%. A disputa no comércio entre o governo do presidente americano, Donald Trump, e o regime de Pequim coloca os investidores na defensiva, em meio a ameaças recentes de tarifas e retaliações. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com discreta queda (-0,08%), após passar maior parte do pregão oscilando em torno da estabilidade. O dólar é negociado a 111,28 ienes, ligeiramente acima da cotação de 111,23 ienes de sexta-feira à tarde. Na Coreia do Sul, a bolsa de Seul também fechou perto da estabilidade, pressionada pelos mercados chineses. O índice Kospi apurou queda de 0,05%. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng foi na contramão da maioria fechando em alta de 0,52%. Em Taiwan, o Taiex também fechou com ganho de 0,11%.

Na Europa, a maioria das bolsas da região, à semelhança dos mercados asiáticos, não mostra uma tendência clara na abertura dos negócios. O índice STOXX600, após um início de pregão no vermelho, captando o resultado abaixo do esperado do banco HSBC, reverteu a direção, registrando alta de 0,11%, no momento. Principais mercados registram altas moderadas: Londres +0,02% e Paris +0,16%. Em Frankfurt, o DAX sobe 0,34%, refletindo os bons resultados apresentados pelo setor industrial manufatureiro alemão. O euro mostra ligeira queda nesta manhã (-0,18%), sendo negociado a US$ 1,1562.

Influenciados pela Ásia e Europa, os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura sem brilho. O futuro do Dow Jones recua 0,06% no momento; o do S&P 500 cai 0,09%; Nasdaq perde 0,02%. O dólar se valoriza em meio ao acirramento das tensões comerciais. O índice DXY, que segue o valor da moeda americana frente a uma cesta de seis moedas fortes, sobe 0,19%, situando-se em 95,34. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,946%, recuando ante o yield de 2,950% de sexta-feira à tarde.

Os contratos futuros de petróleo voltam a operar em alta, com analistas destacando a possibilidade de os EUA imporem novas sanções ao Irã, o que prejudicaria as exportações daquele país. O contrato futuro do tipo WTI para entrega em setembro é negociado a US$ 68,45/barril, com alta de 1,90%, no momento.

Sem perder de vista o desenrolar das tensões comerciais envolvendo americanos e chineses, os mercados doméstico permanecem atentos à campanha eleitoral que inicia semanas decisivas. Neste final de semana, as notícias informam o fortalecimento do candidato Alckmin, com as alianças realizadas e melhora no desempenho eleitoral captado pelas últimas pesquisas. O líder das pesquisas (excluindo Lula), Jair Bolsonaro, escorregou neste final de semana, seja pelo desempenho, considerado fraco, na entrevista à Globo News, seja pela escolha de seu vice, que não agradou aos seus apoiadores.

Topo