Hoje na Economia – 06/08/2021

Hoje na Economia – 06/08/2021

Os mercados operam, nesta manhã, entre altos e baixos sem um direcional claro. Investidores tocam os negócios à espera dos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, enquanto avaliam os balanços corporativos, sem perder de vista os riscos da covid-19. O mercado de trabalho americano permanece como peça chave no cenário econômico. Dirigentes do Fed têm colocado como condição básica para a redução dos estímulos a retomada plena do mercado de trabalho.

Segundo o consenso do mercado, o relatório de emprego deve mostrar a criação líquida de 860 mil novos postos de trabalho em julho, próximo do volume de 850 mil postos criados no mês de junho. A taxa de desemprego deve recuar de 5,9% em junho para 5,7% em julho.

Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em queda, com as preocupações com a disseminação da variante delta da covid-19 pesando sobre o sentimento do investidor. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou a sessão com queda de 0,2%. Na China, o governo impôs severas restrições a viagens e reuniões em locais fechados para segurar a disseminação da variante delta, que já registra mais de 500 novos casos espalhados pelo país. No mercado de ações, o índice Composto de Xangai fechou com baixa de 0,24%. No Japão, o índice Nikkei apurou valorização de 0,33% em Tóquio, impulsionado por ações ligadas ao setor de energia e de instrumentos de precisão. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,10%, enquanto em Taiwan, o Taiex desvalorizou 0,44%. Na Coreia do Sul, o governo tornou mais rígidas as regras de distanciamento social, diante de nova alta em casos da covid-19. O índice Kospi terminou em baixa de 0,18% em Seul.

O yield da Treasury de 10 anos sobe um ponto base para 1,24% ao ano, no momento, enquanto o índice DXY, que avalia o comportamento do dólar frente a uma cesta de moedas, avança 0,16%, situando-se em 92,39 pontos. O euro vale US$ 1,1808, perdendo 0,22%; a libra é cotada a US$ 1,3921, depreciando 0,07%; o iene é negociado a ¥ 109,80/US$, perdendo 0,03% Os futuros dos índices de ações Dow Jones, S&P 500 operam com altas moderadas de 0,04%, 0,03%, respectivamente, enquanto o Nasdaq recua 0,08%.

Na Europa, as bolsas operam sem sinal único, nesta manhã. Investidor avalia a divulgação de vários resultados corporativos, enquanto espera pela divulgação do relatório de emprego nos EUA. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em torno da estabilidade, no momento. Em Londres, o FTSE100 bem como o CAC40 em Paris exibem quedas moderadas de -0,03% e -0,02%, respectivamente. Em Frankfurt, o DAX sobe 0,10%. Na Alemanha, a produção industrial recuou 1,3% em junho ante maio, vindo abaixo da expectativa do mercado (alta de 0,50%). Na comparação interanual, a produção industrial alemã subiu 5,1%.

No mercado de petróleo, os contratos futuros exibem valorizações, ignorando o movimento de valorização do dólar americano. Permanecem no radar dos investidores os riscos representados pela nova onda de infecções por covid-19 sobre a demanda de petróleo, sobretudo na China. No momento, o contrato futuro do produto tipo WTI para setembro é negociado a US$ 69,40/barril, com alta de 0,43%.

Diante de uma agenda esvaziada, os mercados domésticos ficarão de olho na divulgação do relatório de emprego dos EUA, mas também no imbróglio político doméstico para definir uma tendência para hoje. Os confrontos entre executivo e judiciário e manobras para burlar o teto de gasto, agravando o quadro, pesam sobre o sentimento do investidor, alimentando a aversão ao risco. Nesse quadro, a Bovespa deve operar em baixa, enquanto  o dólar e os juros devem ficar pressionados.

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