Hoje na Economia – 06/09/2021

Hoje na Economia – 06/09/2021

Os mercados operam em alta, nesta segunda-feira, em meio à baixa liquidez devido ao feriado nos EUA (Labor Day), que mantém os mercados financeiros fechados. Investidores repercutem o relatório de emprego de agosto, que mostrou criação de vagas bem aquém do esperado pelos analistas, reforçando as incertezas sobre o mercado de trabalho, o que pode motivar o Fed a manter a cautela na sinalização sobre o tapering.

As expectativas de que o Fed pode retardar o início da redução dos estímulos monetários ao lado de expectativas positivas que cercam um novo governo no Japão sustentaram os ganhos nas bolsas asiáticas no dia de hoje. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou a sessão com ganho de 0,80%. No Japão, o índice Nikkei registrou alta de 1,83%, após a alta de 2,05% na sexta-feira, favorecido pela expectativa de que o atual primeiro ministro Yoshihide Suga, criticado pelos erros cometidos no combate à pandemia de covid-19, deverá deixar o cargo no final deste mês. Na China, os mercados também foram estimulados por notícias de que o governo chinês deve ampliar os incentivos monetários e fiscais, diante dos indícios de desaceleração da economia local. O índice Xangai Composto apurou valorização de 1,12%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 1,01%; enquanto o sul-coreano Kospi avançou modesto 0,07% em Seul. Em Taiwan, o Taiex apresentou perda discreta de 0,12%. O iene é cotado a ¥109,88/US$ desvalorizando 0,15%, no momento.

Na Europa, as bolsas locais exibem altas firmes, estimuladas pela expectativa de que o Fed poderá retardar o início do tapering como também pelos bons dados econômicos divulgados na Alemanha. As encomendas à indústria alemã subiram 3,4% em julho ante junho, atingindo o maior nível da série histórica iniciada em 1991 e batendo as projeções dos analistas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 opera com alta de 0,57%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,55%; o CAC40 avança 0,67% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,65%. O euro é negociado a US$ 1,1862, perdendo 0,15% no momento, enquanto a libra vale US$ 1,3841, perdendo 0,22%.

Os juros dos treasuries recuaram na sexta-feira e o dólar enfraqueceu. Com os mercados de renda fixa fechados, o índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a uma cesta de moedas, opera em alta, nesta manhã. O índice situa-se em 92,25 pontos, com alta de 0,24%, buscando se recuperar das perdas da semana passada. No pregão eletrônico, os índices futuros das bolsas de Nova York registram valorizações, nesta manhã: o futuro do Dow Jones sobe 0,19%; S&P 500 avança 0,22%; Nasdaq tem alta de 0,29%.

No mercado de petróleo, com liquidez reduzida pelo feriado nos EUA, os contratos futuros operam em baixa, com investidor temeroso dos efeitos do recrudescimento das infecções por covid-19 sobre a demanda da commodity. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 68,74/barril, com queda de 0,79%.

Feriado nos EUA e véspera de feriado local impõe cautela aos mercados domésticos, além de reduzir significativamente a liquidez dos negócios. Preocupações de que as manifestações marcadas para amanhã possam agravar o ambiente de instabilidade político-institucional devem manter o Ibovespa fragilizado, enquanto o dólar deve seguir pressionado. Os DIs devem continuar pressionados, também, com as preocupações inflacionárias e fiscais, além de o Boletim Focus de hoje, que deve continuar mostrando deterioração das expectativas da inflação para 2021 e 2022.

Topo