Hoje na Economia – 06/10/2022

Hoje na Economia – 06/10/2022

Economia Internacional

Ontem, os dados de atividade nos EUA mostraram panorama ainda positivo para serviços e para o mercado de trabalho. O ISM de serviços de setembro ficou em 56,7, ante expectativa de 56, com aumento importante no componente de emprego, que saiu de 50,2 em agosto para 53 em setembro. Os dados do ADP mostraram criação de 208 mil vagas de emprego privados, pouco acima do esperado pelo mercado (200 mil) e crescendo em relação ao dado anterior (132 mil). O PMI de serviços em setembro também ficou em linha com a leitura preliminar (49,3 contra 49,2).

As encomendas à indústria na Alemanha surpreenderam negativamente e apontaram queda superior à esperada (-2,4% M/M ante -0,7% M/M esperado), refletindo o arrefecimento da atividade industrial alemã em função da deterioração do panorama energético na Europa.

No mercado de commodities, os preços do petróleo no mercado internacional continuaram pressionados após o anúncio da expectativa de corte de 2 milhões de barris por dia na produção dos países da OPEP+ a partir de novembro deste ano, e que deve valer até o final de 2023.

Para hoje, a agenda global tende a ser pouco movimentada, contando com a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desempregos nos EUA, que devem subir de 193 mil para 204 mil, e com novos discursos de membros do Fed.

Economia Nacional

A produção industrial em agosto recuou 0,6% M/M, em linha com a expectativa mediana do mercado e compatível com expasão de 2,8% na comparação interanual. No mês, a queda mais intensa foi observada na indústria extrativa mineral, que caiu 3,6% M/M, enquanto a indústria de transformação caiu 0,2% M/M. Entre as categorias de uso, destaques positivos foram as altas de 5,2% M/M e 6,1% M/M em bens de capital e bens de consumo duráveis, respectivamente.

O IGP-DI de setembro teve queda de 1,22% M/M, bastante abaixo da estimativa mediana do mercado, que esperava queda de 0,84% M/M. No acumulado em 12 meses, o índice chegou ao patamar de 7,94%. O desvio do número em relação às projeções se deu pelos preços ao produtor, que recuaram 1,68% no mês, puxados tanto pelos produtos agropecuários (-1,2%) quanto pelos industriais (-1,88%) e que contaram com contribuições baixistas do minério de ferro e de combustíveis.

Hoje a agenda doméstica também é esvaziada, na medida em que o foco deve permanecer sobre o front político.

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