Hoje na Economia – 06/11/2019

Hoje na Economia – 06/11/2019

Edição 2377

06/11/2019

Mercados operam sem um denominador comum, monitorando os desdobramentos das negociações comerciais entre EUA e China, ao mesmo tempo em que avaliam a divulgação de balanços corporativos em meio a fracos dados de atividade econômica divulgados na Europa.

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou próximo da estabilidade. No âmbito da guerra comercial, a China pressiona os EUA a remover tarifas impostas a produtos chineses antes de fechar um acordo comercial preliminar com Washington, segundo a imprensa chinesa. Ainda de acordo com a imprensa local, Pequim quer um “compromisso sólido” com a Casa Branca sobre a retirada das tarifas com alegação de que, sem essa iniciativa, uma visita aos EUA pelo presidente chinês, Xi Jinping, seria “politicamente difícil”. No mercado de ações chinês, o índice Xangai Composto terminou o dia com queda de 0,43%. O Hang Seng ficou estável em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei teve alta de 0,22% em Tóquio. Os mercados acionários da Coreia do Sul e Taiwan apresentaram apenas ganhos marginais: Kospi subiu 0,07% e o Taiex avançou 0,08%. No mercado de câmbio, o dólar é cotado a 108,96 ienes, recuando frente ao valor de 109,16 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, bolsas de ações não sustentaram a alta da abertura dos negócios, afetadas por frágeis ganhos corporativos, bem como por indicadores mostrando que a economia da zona do euro não consegue pegar tração. O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, que engloba os setores de serviços e industrial, subiu de 50,1 em setembro para 50,6 em outubro, se mantendo próximo da estagnação. O resultado veio acima das projeções dos analistas (50,2). No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,25%; em Londres, o FTSE100 perde 0,30%; o CAC40 recua 0,12% em Paris; o DAX tem queda de 0,24% em Frankfurt. O euro troca de mãos a US$ 1,1089, subindo em relação ao valor de US$ 1,1075 de ontem à tarde.

O dólar recua frente às principais moedas. O índice DXY situa-se em 97,81 com queda de 0,17%, nesta manhã, após dados mais fracos sobre o setor de serviços (ISM-serviços), divulgados ontem, reforçarem apostas de que o Fed deve voltar a cortar os juros ainda este ano. O juro pago pelo T-Note de 10 anos encontra-se em 1,8425% ao ano, apresentando recuo de 0,86%, no momento. Para o mercado de ações de Nova York, os sinais são para uma abertura sem direcional claro, conforme se deduz do comportamento dos futuros de ações, nesta manhã. O índice futuro do Dow Jones tem recuo discreto de 0,06%; S&P 500 cai 0,07%; Nasdaq tem queda de 0,02%.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, refletindo movimento de realização de lucros após a American Petroleum Institute (API) relatar aumento nos estoques americanos. No momento, o contrato futuro do WTI, para entrega em dezembro, recua 0,58%, sendo negociado a US$ 56,90/barril.

Na agenda doméstica, o principal evento será o leilão de excedente da cessão onerosa (leilão do pré-sal), que será realizado no Rio de Janeiro às 10h. Os desdobramentos desse evento deverão influenciar os negócios, podendo levar a um desempenho da Bovespa, bem como da taxa de câmbio, descolado da tendência ditada pelos mercados internacionais.

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