Hoje na Economia 06/12/2013

Hoje na Economia 06/12/2013

Edição 928

06/12/2013

O foco estará voltado para os Estados Unidos, onde será divulgado o relatório do emprego referente a novembro. Animados com os bons números divulgados pela ADP sobre criação do emprego no setor privado no período, investidores esperam, que os novos dados confirmem o fortalecimento do mercado de trabalho americano. A mediana das projeções de mercado aponta para criação líquida de 185 mil novas vagas pela economia americana no mês, após o forte número de outubro (212 mil). A taxa de desemprego deverá recuar para 7,2%, de 7,3% registrado em outubro.

Como o emprego é uma das variáveis chaves para a definição do início do "tapering" pelo Fed, expectativas de bons números levam o dólar a se valorizar frente às principais moedas. O dólar index sobe 0,18% nesta manhã, mantendo-se acima do nível dos 80 pontos. O juro pago pela treasury de 10 anos atinge 2,859% ao ano. No mercado de ações, os futuros dos índices S&P e D&J operam em alta:+0,30% e +0,28%, respectivamente.

O euro perde força frente às principais moedas, sendo negociado a US$ 1,3657, contra US$ 1,3665 observado ontem à tarde. No mercado de ações, a tendência de alta predomina: o índice STOXX600 registra variação de +0,30%, nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,33% no momento, enquanto em Paris e Frankfurt, bolsas locais registram ganhos de 0,23% e 0,46%, respectivamente.

Bolsas asiáticas fecharam em direções divergentes, refletindo certa cautela enquanto aguardam os números sobre o mercado de trabalho americano. Na China, a bolsa de Xangai contabilizou queda de 0,44%, enquanto em Hong Kong o índice Hang Seng encerrou o dia com ganho de 0,13%. Em Tókio, o Nikkei fechou com valorização de 0,81%, após dois dias de fortes quedas. Prevaleceu a visão que, mesmo com a diminuição dos estímulos monetários nos EUA, a recuperação da maior economia do mundo favorecerá o mercado de ações à frente. A moeda japonesa é negociada a 102,14 ienes por dólar, contra ¥101,73/US$ na tarde de ontem. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com ganho de apenas 0,1%.

As últimas informações sobre a economia americana, mostrando que a atividade ganha força, favoreceram os preços do petróleo no mercado futuro, levando o produto tipo WTI a ser negociado a US$ 97,26%/barril, fechando a semana com ganho de 5,1%, o maior desde julho último. Demais commodities também operam em alta: metais +0,54%; agrícolas +0,21%; com exceção de metais preciosos -0,22%.

No Brasil, investidores deverão aguardar a divulgação do relatório do mercado de trabalho para definirem uma estratégia. Incertezas em relação à política monetária do Fed devem persistir, mantendo a volatilidade elevada ao longo do pregão. Os dados de emprego americano também devem afetar os mercados de câmbio e juros. Um mercado de trabalho americano mais forte pode fortalecer apostas na redução imediata dos estímulos monetários, fortalecendo o dólar frente às demais moedas. Isso levaria a enfraquecimentos adicionais do real. Os vértices mais curtos da curva de juros futuros subiriam pela expectativa de maior pressão inflacionária. Os vencimentos mais longos seriam pressionados pela elevação dos juros longos americanos. O IPCA de novembro, que será divulgado nesta manhã, deverá ter algum impacto sobre os vencimentos mais curtos, caso o dado escape do consenso do mercado (0,58%).

Superintendência de Economia
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