Hoje na Economia 07/01/2016

Hoje na Economia 07/01/2016

Edição 1431

07/01/2016

Nova desvalorização da moeda chinesa (yuan) espalha a aversão ao risco pelos mercados mundiais. O banco central chinês promoveu o maior ajuste no yuan desde agosto, disparando fortes desvalorizações nas cotações, tanto onshore como offshore, ao reforçar os temores de que a desaceleração da economia da China é mais acentuada do que faz supor a estatística oficial.

Em Xangai, trinta minutos após o início do pregão, as negociações foram suspensas pelo resto do dia após o índice CSI 300 atingir 7% de queda. O índice Xangai Composto perdeu 7,04%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong recuou 3,09%. No Japão, a bolsa de Tókio fechou em baixa 2,33%, refletindo a apreciação do iene, após a China ter promovido o ajuste no yuan. A moeda japonesa é negociada a 117,53 ienes por dólar, com valorização de 0,45% ante a moeda americana. O índice regional MSCI Asia Pacific perdeu 2,1% na sessão de hoje, atingindo o menor patamar dos últimos três meses.

As bolsas europeias acompanharam a tendência ditada pelos mercados asiáticos, iniciando os negócios contabilizando pesadas perdas. No momento, o índice STOXX600 opera com queda de 3,45%. Em Londres, o FTSE100 perde 3,03%; em Paris o CAC40 cai 3,50%; em Frankfurt o DAX recua 3,77%. O euro é cotado a US$ 1,0836, com valorização de 0,52%.

A busca por porto seguro ante a escalada de aversão ao risco disparada pela turbulência chinesa leva o juro pago pelo T-bond de 10 anos a recuar 2,11% nesta manhã, situando-se em 2,124% ao ano. O dólar, por sua vez, recua refletindo o fortalecimento da moeda japonesa e europeia. O índice DXY situa-se em 98,827 pontos, com queda de 0,35%. O índice futuro do S&P 500 opera em baixa de 2,46%, nesta manhã.

No mercado de commodities, o índice Bloomberg de Commodity cai 1,0%, devendo fechar o dia nos níveis mais baixo dos últimos anos. O petróleo tipo WTI perde 4,2%, sendo negociado a US$ 32,53/barril, o menor nível desde fevereiro de 2004.

A queda nas cotações das principais commodities, principalmente energia e metais, devem levar a Bovespa a nova baixa na sessão de hoje, acompanhando a tendência ditada pelos mercados internacionais. Nesse ambiente de maior aversão ao risco, o dólar deve abrir em alta frente ao real, enquanto os juros devem recuperar parte das quedas dos últimos dois dias. Na agenda econômica, será divulgada a produção industrial de novembro que deve ter recuado 1,0% em relação a outubro pelo dado dessazonalizado e -10,3% se comparada a igual mês de 2014.

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