Hoje na Economia – 07/02/2022

Hoje na Economia – 07/02/2022

As principais bolsas de ações internacionais operam sem direcional claro, nesta manhã de segunda-feira, mas com claro viés de baixa. Os investidores permanecem focados nos próximos passos da política monetária dos principais bancos centrais, que caminham célere para o aperto monetário. Atenção especial para o Fed, após o robusto relatório de emprego divulgado na sexta-feira, e diante da expectativa da divulgação da inflação ao consumidor, nesta semana, que reforçam a expectativa de alta acelerada dos juros americanos.

Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em baixa, após registrar a melhor semana de alta em cinco meses, com investidores à espera dos dados de inflação dos EUA, que devem reforçar uma ação mais agressiva do Fed no aperto monetário. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,20%. Destaque para as bolsas da China, na volta dos feriados do ano novo lunar. O índice Xangai Composto subiu 2,03%, impulsionado por ações ligadas à construção e energia. Foi divulgado o PMI de serviços que recuou para 51,4 em janeiro, o menor patamar em cinco meses, resultado dos novos surtos de covid-19. Esse dado não afetou o desempenho das bolsas chinesas. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,70% em Tóquio, enquanto o Hang Seng teve alta marginal de 0,03% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi recuou 0,19% em Seul e o Taiex subiu 1,28% em Taiwan.

Depois de um reporte que mostrou vigorosa criação de emprego em janeiro, surpreendendo as projeções do mercado, reafirmando o fortalecimento do emprego e salário nos EUA, os investidores já começam a trabalhar com um ciclo agressivo de aperto monetário, o mais agudo desde 1990. O mercado já precifica mais do que cinco altas de 0,25 pp pelo Fed em 2022, não se descartando fechar este ano com as taxas dos fed funds entre 1,75% e 2,0% ao ano. No mercado dos Treasuries, após as altas de sexta-feira, quando foram impulsionadas pelos dados sobre o mercado de trabalho, o juro do T-Bond de 10 anos se estabilizou em torno de 1,91% ao ano, nesta manhã. O índice DXY do dólar sobe marginalmente, situando-se em 95,51 pontos, com alta de 0,03%. O euro é negociado a US$ 1,1426/€, desvalorizando 0,20%, enquanto a libra é cotada a US$ 1,3531/£, flutuando em torno desse nível. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, sugerindo realização de lucros após os ganhos da semana passada, quando foram beneficiadas por balanços corporativos positivos. No momento, o futuro do Dow Jones recua 0,12%; S&P 500 cai 0,24%; Nasdaq registra ganho modesto de 0,02%.

Na Europa, após uma abertura promissora, que parecia ter fôlego para recuperar parte das perdas da semana passada, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, cedeu, passando a flutuar perto da estabilidade. Neste momento, registra alta modesta de 0,03%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,10%; o CAC40 tem alta moderada de 0,09% em Paris; em Frankfurt, o DAX avança 0,22%. Na Alemanha, a produção industrial de dezembro caiu 0,3% ante ao mês anterior, resultado que frustrou as expectativas dos analistas do mercado que previam aumento de 1,2% na produção manufatureira alemã.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, num possível movimento de realização de lucros, após os ganhos recentes. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 90,77/barril, com queda de 1,67%.

No mercado doméstico, a expectativa é de uma agenda cheia nesta semana, contemplando ata do Copom, IPCA de janeiro e dados de atividade fechando 2021, que devem agitar as apostas quanto o final do ciclo de alta da Selic. Hoje, na volta à atividade dos mercados na China, colocando as commodities no radar, e as expectativas em torno de importantes balanços (Bradesco; Itaú; Usiminas) devem moldar o comportamento do Ibovespa.

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