Hoje na Economia 07/03/2018

Hoje na Economia 07/03/2018

Edição 1965

07/03/2018

Um forte sentimento de aversão ao risco toma conta dos negócios nesta manhã, alimentado por temores de intensificação de uma guerra comercial global. Investidores reagiram negativamente à renúncia de Gary Cohn, principal assessor econômico do presidente Donald Trump, defensor do livre comércio e visto como pró-mercado.

O dólar se enfraqueceu frente às principais moedas, principalmente frente ao iene e o euro, enquanto os juros pagos pelo T-Bond de 10 anos recuaram para 2,856% ao ano de 2,879% no fim da tarde de ontem. Notícias de que o governo americano poderá adotar novas medidas protecionistas, visando, principalmente, os investimentos chineses, acirra a aversão ao risco, levando o futuro do índice de ações do S&P 500 operar com queda de 1,01%, neste momento. Hoje será divulgado o Livro Bege, avaliação conjuntural elaborada pelos Feds regionais, que serve de base para análises na reunião do Fomc. Ao lado de manifestações de importantes dirigentes do Fed previstas para hoje, o Livro Bege deve contribuir para debate sobre a intensidade da normalização da política monetária, adicionando mais tempero nas dúvidas que cercam o número de vezes que a taxa básica de juros deverá subir ao longo deste ano.

As bolsas na Ásia fecharam em baixa, após a notícia sobre a renúncia de Gary Cohn. Em um pregão muito volátil, o índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,6%. No Japão, o fortalecimento do iene frente à moeda americana derrubou os preços das ações das exportadoras, levando o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, a fechar com queda de 0,77%. O dólar é negociado a 105,56 ienes de 106,17 ienes ontem à tarde. Na China, a volatilidade também marcou os negócios. O índice Xangai Composto recuou 0,55%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,03%, enquanto o sul-coreano Kospi cedeu 0,40%; o Taiex perdeu 0,36% em Taiwan.

O mercado europeu abriu em queda, tomado pela mesma aversão ao risco que deprimiu os mercados de ações na Ásia. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, mostra queda de 0,30%, no momento. Na França e Frankfurt, os índices CAC40 e o DAX recuam 0,40% e 0,25%, respectivamente. Em Londres, o FTSE100 flutua em torno da estabilidade. O euro é negociado a US$ 1,2427 subindo em relação à cotação de US$ 1,2407 de ontem à tarde. Foram divulgados os números finais sobre o PIB da zona do euro do 4º trimestre de 2017, que mostrou crescimento na margem de 0,6% (T/T) e 2,7% em relação a mesmo trimestre do ano anterior. Os dados vieram em linha com as previsões do mercado.

A alta dos estoques de petróleo nos EUA captado pelas pesquisas da American Petroleum Institute (API) derruba as cotações da commodity, nesta manhã. O produto tipo WTI é negociado a US$ 62,17/barril, com queda de 0,69%.

A queda dos futuros dos principais índices de ações de Nova York, nesta manhã, sinaliza para um dia difícil para o desempenho da Bovespa. A aversão ao risco que prevalece pelos temores de uma intensificação protecionista deve afetar negativamente o mercado acionário. Na agenda econômica, será divulgado o IGP-DI de fevereiro, para o qual se prevê alta de 0,10% no mês, acumulando deflação de 0,22% em doze meses, segundo as projeções do mercado.

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