Hoje na Economia 07/04/2015

Edição 1248

07/04/2015

Mercados financeiros abrem mais otimistas essa manhã, muitos deles reagindo a declarações que insinuam continuidade ou aumento de estímulos nas principais economias do mundo (EUA e China). Nos EUA, ontem, o presidente do Fed de Nova Iorque, Dudley, disse que a alta de juros deve ser lenta e que ela depende dos dados, num discurso de tom dovish. Na China, o site do Banco do Povo da China publicou um comentário em que disse que vai trabalhar para manter um equilíbrio apropriado entre aperto e estímulo.

As bolsas asiáticas fecharam em alta com esses comentários. O índice MSCI Ásia Pacífico subiu 0,2%, com alta de 1,25% no índice Nikkei225 do Japão e 2,52% na bolsa de Xangai, que terminou no maior patamar desde março de 2008. O iene segue se depreciando contra o dólar, agora cotado a ¥/US$ 119,91 e com depreciação de 0,31%.

Na Europa, as bolsas operam em alta após dois dias de feriados, reagindo à possibilidade de demora para subir juros nos EUA. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 1,41%, com altas de 1,51% na bolsa de Londres, 1,38% na bolsa de Paris e 1,01% na bolsa de Frankfurt. O euro voltou a se depreciar contra o dólar, desvalorizando 0,54% hoje, cotado a US$/€ 1,0862. Os PMIs europeus de serviços foram revistos ligeiramente para baixo hoje.

No mercado de commodities, o dia é de queda, após a forte alta de ontem. O preço do petróleo tipo WTI recua 0,90%, cotado a US% 51,67/barril, após ter subido mais de 2,5% ontem. As commodities agrícolas e metálicas também caem, com destaque para recuo de 1,0% do cobre e de 1,5% no café e açúcar.

Os índices futuros dos EUA operam em ligeira alta hoje, após já terem avançado bastante ontem. O futuro do índice S&P500 sobe 0,12% no momento. Os juros futuros estão em ligeira alta, mas ainda em patamar bem baixo, com a Treasury de 10 anos em 1,904% a.a..O dólar ganha valor contra as principais moedas no dia de hoje, com o índice DXY avançando 0,78%. O ganho é menor contra moedas de países emergentes.

No Brasil, o mercado deve reagir um pouco à notícia de maior articulação política da presidência com o PMDB, resultando em provável queda dos juros futuros. A queda dos juros futuros será provavelmente ajudada pelos dados que saem hoje, de produção de veículos em março, que devem vir bem fracos. O real, por sua vez, deve se depreciar levemente diante do dólar hoje, acompanhando as commodities. A bolsa brasileira pode ter mais um dia de alta, ajudada pela menor incerteza política.