Hoje na Economia 07/04/2017

Hoje na Economia 07/04/2017

Edição 1741

07/04/2017

O bombardeio dos EUA a objetivos militares na Síria aumenta o sentimento de cautela entre os investidores, nesta sexta-feira em que os dados sobre o mercado de trabalho americano serão divulgados (9h30). Outro ponto de tensão, a ser acompanhado pelos investidores, é o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping. Petróleo, ouro e bonds são os ativos beneficiados pela busca por porto seguro.

No mercado de petróleo, os contratos futuros subiram com força ao longo da madrugada. Embora a ação militar não deva causar interrupção na oferta, a escalada das tensões no Oriente Médio tende a impulsionar os preços da commodity. Nesta manhã, o contrato futuro para entrega em maio do petróleo tipo WTI é negociado a 52,80/barril, com alta de 1,55%.

Os negócios na Ásia flutuaram entre altos e baixos, ao sabor dos efeitos decorrentes do conflito na Síria, bem como devido à espera da payroll americana. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou o dia com alta de 0,36%, impulsionado por ações de empresas relacionadas ao petróleo e por perspectivas de melhora das condições econômicas domésticas. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 110,64 ienes, contra 110,80 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto fechou a sessão desta sexta-feira com alta de 0,17%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong terminou o dia com discreta queda.

Na Europa, prevalece o ambiente de maior aversão ao risco. Na esteira da alta dos bonds da zona do euro, recuam as bolsas de ações. O índice STOXX600 opera com queda de 0,35%, no momento. Em Londres, em que pese sinais de enfraquecimento da economia local, o índice FTSE100 anda na contramão da tendência na região e sobe 0,10%, nesta manhã. Em Paris e Frankfurt, os índices CAC40 e DAX recuam 0,23% e 0,48%, respectivamente. O euro troca de mãos a US$ 1,0637 de US$ 1,0646 no fim da tarde de ontem.

Nos Estados Unidos, a Treasury de 10 anos remunera a 2,321% ao ano, com queda de 0,84%, refletindo a busca por ativos seguros. O dólar mostra-se estável frente às principais moedas (índice DXY encontra-se em 110,74 pontos, +0,09% no momento). O índice futuro de ações S&P 500 recua 0,12%. As 9h30, a payroll de março será divulgada. Segundo o consenso do mercado, o relatório deve mostrar a criação líquida de 180 mil postos de trabalho no mês, abaixo do observado em fevereiro (235 mil). A taxa de desemprego deverá se manter em 4,7%, enquanto a remuneração da hora trabalhada deve subir 0,20%, no período.

Aumento de tensões geopolíticas, petróleo em alta, payroll americana e Trump reunido com Xi Jinping compõe um coquetel que deve produzir muita volatilidade nos mercados acionários em geral, afetando a Bovespa e o valor do dólar, nesta sexta-feira. Ademais, no âmbito doméstico tem a divulgação do IPCA de março (0,25% m/m e 4,57% a/a) e as preocupações com os recuos do governo Temer, desidratando a reforma da Previdência.

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