Hoje na Economia 07/05/2015

Edição 1268

07/05/2015

Mercados financeiros começam o dia de hoje com quedas generalizadas, causadas em especial pela fala da presidente do Fed, Yellen, ontem, de que as ações estavam sobrevalorizadas e que os juros de mercado podem subir bastante quando o Fed começar o processo de alta dos juros básicos.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda. O índice MSCI Ásia Pacífico recuou 1,2%, com queda de -2,7% na bolsa de Xangai e -1,2% no índice Nikkei225 de Tóquio. Há especulações na China de que as autoridades podem lançar novas regras para diminuir movimentos especulativos nas bolsas, o que faz as ações caírem, junto com a mudança de call de importante casa em relação à bolsa chinesa, de overweight para neutral. O iene está se valorizando hoje contra o dólar, 0,28%, cotado a ¥/US$ 119,13.

Na Europa, todas as bolsas estão em queda, com o índice pan-europeu STOXX600 recuando -1,10%, a bolsa de Londres -1,49%, a de Paris -1,36% e a de Frankfurt -0,61%. O euro está se depreciando ligeiramente contra o dólar, 0,18%, cotado a US$/€ 1,1326.

Nos Estados Unidos, o índice futuro do S&P500 opera em queda de 0,50%. O dólar se fortalece frente às principais moedas, com o índice DXY ganhando 0,08% e com os ganhos sendo concentrados na relação com as moedas de países emergentes. O juro da Treasury de 10 anos está em ligeira queda no momento, após ter subido bastante ontem com a fala da Yellen, estando agora em 2,23% a.a.. Hoje serão conhecidos os dados de pedidos de seguro desemprego, os últimos dados de emprego antes do payroll a ser divulgado amanhã. O ADP, divulgado ontem, indicou fraqueza no mercado de trabalho americano.

Os preços das commodities estão em alta no momento, com o índice UBS/Bloomberg subindo 0,03%. A queda se concentra nos metais preciosos, com altas modestas no restante das commodities. O petróleo sobe ligeiramente no momento, 0,05% no caso do WTI, com o preço do barril a US$ 60,97/barril.

A primeira votação sobre medidas do ajuste fiscal ocorreu ontem no Congresso, com a MP 665 sendo aprovada por pequena margem, mas com adesão majoritária do PMDB e do PT, principais partidos do governo. O IGP-DI veio um pouco acima do esperado pelo mercado, 0,92%, contra expectativa de 0,89%, mas recuou em relação ao IGP-M, que foi de 1,17%. Hoje sairá a ata do COPOM, que pode dar pistas sobre os próximos passos da política monetária. Os juros futuros podem abrir em queda, após essa sinalização mais favorável do Congresso, devendo também ser impactados pela ata do COPOM. A bolsa brasileira deve ter queda, acompanhando o restante do mundo, enquanto o real deve se depreciar diante do dólar, mas menos que outras moedas de países emergentes devido à menor percepção de risco em relação ao ajuste fiscal.