Hoje na Economia 07/07/2017

Hoje na Economia 07/07/2017

Edição 1802

07/07/2017

Investidores tocam os negócios, nesta manhã, com certa cautela enquanto aguardam os dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, para medir o grau de dinamismo da maior economia do mundo e avaliar a intensidade do aperto monetário conduzido pelo banco central americano. Segundo o consenso do mercado, o relatório de emprego deve mostrar a criação de 178 mil novos postos de trabalho em junho, ficando acima do volume criado no mês anterior (138 mil). A taxa de desemprego deve se manter em 4,3%.

O dólar se enfraquece em relação às principais moedas, tendo como referência o índice DXY que fecha a semana em seu menor nível. Os juros dos T-Bonds permanecem em alta, situando-se em 2,380% ao ano, de 2,363% no final da tarde de ontem em Nova York. O futuro do índice de ações S&P 500 flutua em torno da estabilidade.

Na Ásia, principais mercados acionários encerraram o pregão em queda, pressionados pelas perdas da véspera nas praças europeias e em Nova York. Pesa sobre os investidores a visão de que os principais bancos centrais do mundo se preparam para o momento em que começarão a reduzir as políticas de estímulos monetários. A bolsa de Tóquio encerrou o dia no menor nível desde o final de maio, refletindo o aumento da tensão na região coreana, como também se preparando para viver em um ambiente de menor liquidez global. O índice Nikkei fechou com queda de 0,32%. O dólar subiu para 113,73 ienes, de 113,19 ienes de ontem à tarde. Na China, principais bolsas locais fecharam no azul. O índice Composto de Xangai teve valorização moderada (+0,17%). Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,49%, fechando a semana com baixa acumulada de 1,64%.

Na Europa, à semelhança das bolsas asiáticas, mercados operam majoritariamente no vermelho. O índice de ações STOXX600 registra queda de 0,37%, enquanto Londres perde 0,11%; o mercado de ações de Paris recua 0,42%; em Frankfurt o índice de ações DAX tem perda de 0,23%. O euro recua levemente para US$ 1,1413 de US$ 1,1422 no fim da tarde de ontem. Sustenta a moeda comum a percepção de que o Banco Central Europeu (BCE) estuda a redução da política de estímulos monetários, podendo ser implementada o mais tardar no início de 2018.

No mercado de commodities, o petróleo tipo WTI é negociado a US$ 44,28/barril, registrando queda de 2,70% em meio à realização de lucros recentes e a constatação de permanência do quadro de desequilíbrio entre oferta e demanda.

O mercado doméstico de juros futuros e o mercado de câmbio acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA para definir uma tendência para hoje. Mas a agenda doméstica, concentrada em importantes indicadores de inflação, também pesará nessa definição. O IBGE divulga o IPCA de junho, que de acordo com o consenso deverá registrar deflação de 0,19% no mês, levando o acumulado em doze meses para 3,05%. O IGP-DI, também de junho, deve apurar a quarta deflação mensal seguida: -0,70% no mês, segundo as projeções, acumulando recuo de 1,24% em doze meses.

Topo