Hoje na Economia 07/08/2013

Edição 845

07/08/2013

As declarações de membros do banco central americano (Fed) efetuadas no dia de ontem, reforçando apostas de que o Fed poderá iniciar o “tapering” já no próximo mês, empurram os investidores para defensiva nesta manhã. Mercados de ações recuam, ouro cai e juros das treasuries se estabilizam, refletindo busca por porto de seguro.

Os índices futuros das bolsas americanas operam em baixa sinalizando mais um dia de queda para o mercado acionário dos EUA. Os índices S&P e D&J registram perdas de 0,41% e 0,43%, respectivamente, no momento. O dólar mostra ligeira valorização frente às principais moedas, enquanto a Treasury de 10 anos remunera a 2,627% ao ano.

Na Europa, o quadro não é diferente. O índice pan-europeu de ações registra perda de 0,75%, enquanto Londres recua 1,09%, acompanhado por queda de 0,35% e 0,76% em Paris e Frankfurt, respectivamente. O euro encontra-se estável ante a moeda americana, sendo negociado a US$ 1,3318, mantendo cotação muito próxima a do final do dia de ontem.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam em queda em meio a fortes preocupações com o futuro da política monetária americana. O índice MSCI Asia Pacific apurou variação de -1,9%. Destaque para a bolsa de Tókio, onde o índice Nikkei registrou perda de 4,0%, a pior queda percentual em quase dois meses. A fraqueza do dólar e as incertezas sobre a política monetária dos EUA levaram a quedas generalizadas. O iene é cotado a ¥97,07/US$ contra 97,75 ienes por dólar de ontem á tarde. Na China, a bolsa de Xangai operou entre altos e baixos, fechando com queda de 0,67%, com investidores cautelosos preferindo aguardar os dados sobre a balança comercial chinesa de julho, que serão divulgados amanhã. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o dia com perda de 1,53%.

Mercado de petróleo move-se entre altos e baixos. O produto tipo WTI registra ganho de 0,35% no momento, sendo negociado a US$ 105,66/barril. O índice total de commodities perde 0,06% nesta manhã, refletindo o recuo de 0,21% das commodities metálicas e -0,45% dos metais preciosos.

Na agenda doméstica, destaque para a divulgação do IPCA de julho, que deverá registrar inflação de 0,0% no mês, segundo o consenso do mercado, trazendo o acumulado em doze meses para 6,24%. Este dado deve afetar os vértices curtos da curva de DIs futuros, sendo que os longos poderão se manter estáveis acompanhando a acomodação dos juros longos americanos nesta manhã. No mercado de câmbio, a cotação do dólar deverá ficar ligeiramente abaixo de R$ 2,30, após as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que estará pronto a intervir para conter a alta da moeda americana e evitar pressão adicional sobre os preços. Para a Bovespa, as expectativas não são boas, com o mau humor externo dando o tom dos negócios por aqui.

Superintendência de Economia
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