Hoje na Economia 07/08/2017

Edição 1824

07/08/2017

Mercados financeiros operam sem direção única hoje, mas ainda com uma tendência ligeiramente pró-risco.

Na Ásia, as bolsas subiram, reagindo aos dados de mercado de trabalho nos EUA, que mostraram crescimento do emprego e da renda. O índice MSCI Ásia Pacífico subiu 0,6%, com alta também de +0,6% no índice Nikkei225 de Tóquio, que está no valor mais alto em dois anos. A bolsa de Xangai, por sua vez teve alta de +0,53%. Outros dados da China vieram bons, com alta nas reservas internacionais além do esperado (US$ 3,08 tri contra expectativa de US$ 3,05 tri) e maior superávit na conta corrente (US$ 52,9 bi contra US$ 18,4 bi anterior). O iene está se depreciando contra o dólar, -0,14%, cotado a ¥/US$ 110,85.

Na Europa, o índice STOXX600 opera em ligeira queda, de -0,23%.Há alta modesta de +0,08% no FTSE100 de Londres e +0,02% no CAC40 de Paris, porém o DAX de Frankfurt está em queda de -0,49%. A produção industrial alemã surpreendeu para baixo, com queda de -1,1% M/M contra expectativa de +0,2% M/M, sendo também a primeira contração no ano. O índice Sentix de confiança do investidor veio ligeiramente acima do esperado, em 27,7 contra expectativa de 27,6. O euro está se valorizando contra o dólar, +0,25%, agora sendo negociado a US$/€ 1,1802.

Os índices futuros das bolsas americanas estão subindo ligeiramente: +0,22% no caso do Dow Jones e +0,08% no caso do S&P500. Os juros futuros americanos também estão em ligeira alta, com o título da Treasury de 10 anos pagando 2,274% a.a.. O dólar está perdendo valor contra outras moedas hoje, com o índice DXY recuando -0,16%. Contra a maioria das moedas de países emergentes, no entanto, o dólar está ganhando valor. A agenda econômica americana hoje tem apenas os dados de crédito de junho, as divulgações mais importantes devem ocorrer no final da semana, com inflação ao produtor e ao consumidor.

Os preços de commodities operam perto da estabilidade hoje, com recuo de -0,01% no índice de commodities da Bloomberg. O preço do minério de ferro teve nova alta, de +2,7%, devido a dados bons no setor metalúrgico da China, estando cotado a US$ 77/ton. O preço do petróleo cai, com o tipo WTI recuando -1,07%, cotado a US$ 49,0/barril. Nesta semana ocorrerá uma reunião da OPEP para que os países discutam o porquê de não estarem cumprindo a meta de cortes de produção.

No Brasil, a agenda econômica hoje não contempla nenhum dado importante. As divulgações de maior relevância devem ocorrer no meio da semana, com destaque para o IPCA de julho no dia 09. A agenda política é mais movimentada. Ontem, o presidente Michel Temer e os presidentes da Câmara e do Senado se reuniram e definiram agenda de votações para evitar que algumas MPs importantes sobre arrecadação caduquem: a MP da reoneração da folha de pagamento (que vence quinta-feira, dia 10 de agosto) e a do Refis (que vence dia 12 de agosto). A melhora no quadro político pode levar os juros futuros brasileiros a recuarem ainda mais. A bolsa brasileira deve subir, ajudada pela alta de minério de ferro, ligeira alta nas bolsas no exterior e desanuviamento do cenário político. O real, por outro lado, deve se depreciar contra o dólar, acompanhando movimento de moedas de países emergentes no exterior, mas pouco, devido à melhora nos termos de troca e risco país.