Hoje na Economia 07/10/2016

Hoje na Economia 07/10/2016

Edição 1619

07/10/2016

O foco hoje estará voltado para os Estados Unidos, onde será divulgado o relatório de emprego referente a setembro. Os dados devem ratificar a presença de um mercado de trabalho robusto, confirmando o cenário de recuperação da economia, reforçando o cenário de elevação dos juros neste ano. Segundo o consenso, a economia americana deve ter criado 172 mil novas vagas em setembro (151 mil em agosto), enquanto a taxa de desemprego deve permanecer em 4,9% da força de trabalho. A ansiedade em relação aos números da payroll aumentou após a informação de que os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada recuaram ao menor patamar desde abril, o que impulsionou o dólar e os juros das Treasuries.

Nesta manhã, a aversão ao risco é alimentada também pela inesperada queda da moeda inglesa frente às principais moedas, decorrente de preocupações em relação a saída do Reino Unido da União Europeia. A libra caiu 6,1% diante do dólar, na maior queda intra-day desde o Brexit. No momento, a libra é cotada a US$ 1,2270, com queda de 2,76%. O futuro da principal bolsa de ações americana, S&P-500, registra baixa de 0,18%. O dólar avança frente às principais moedas (dólar índex: +0,35%). O juro pago pela T-Bond de 10 anos avança 0,42%, situando-se em 1,744% ao ano.

Na Europa, a forte queda da libra assustou os investidores. Em meio à espera dos dados sobre emprego nos EUA e acompanhando a evolução da moeda inglesa, mercados de ações da região, em sua maioria, operam em baixa. O índice STOXX600 recua 0,86%, no momento, enquanto o índice DAX, de Frankfurt, registra queda de 0,68%; o CAC40 de Paris perde 0,54%, enquanto em Londres, o FTSE100 sobe +0,93%. O euro troca de mãos a US$ 1,1139 (-0,11%), nesta manhã.

Na Ásia, bolsas fecharam em baixa, afetadas também pela queda da moeda britânica, enquanto se aguarda pelos dados de emprego nos EUA. O índice MSCI Pacific recuou 0,30%, no pregão desta sexta-feira. No Japão, a bolsa de Tóquio fechou com queda de 0,23%, segundo o índice Nikkei. O fortalecimento do iene, resultante da maior aversão ao risco que tomou conta dos mercados, também pesou negativamente sobre o mercado acionário japonês no dia de hoje. A moeda americana é cotada a 103,71 ienes, com a moeda japonesa mostrando valorização de 0,24%, no momento. O índice Hang Seng de Hong Kong apurou desvalorização de 0,37%. Mercados na China permanecem fechados por conta de feriado.

As cotações do petróleo operaram em alta na sessão asiática, superando a barreira dos US$ 50,0/barril, refletindo relatos de que integrantes da Opep irão se reunir com a Rússia, para discutir a participação da Rússia no esforço de reduzir a produção. No momento, os contratos futuros para o produto tipo WTI, para entrega em novembro, é negociado a US$ 50,20/barril, com queda de 0,48%.

O dia deve ser de volatilidade elevada para a Bovespa e dólar, com investidores ajustando suas expectativas para um dado forte para o emprego nos EUA que selaria a alta do juro americano em dezembro. No mercado de DIs futuros, a divulgação de um IPCA de setembro mais fraco (consenso 0,18% no mês e 8,60 em 12 meses), em conjunto com o otimismo que cerca os avanços do ajuste fiscal, reforçam apostas de um corte maior da Selic no Copom de outubro.

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