Hoje na Economia – 07/11/2024

Hoje na Economia – 07/11/2024

Cenário Internacional

Nos Estados Unidos, o Partido Republicano está próximo de manter a maioria na Câmara dos Representantes, o que poderá influenciar a agenda legislativa. A balança comercial da China apresentou um superávit mais robusto, com menores importações de commodities, especialmente petróleo, sugerindo uma potencial desaceleração na demanda interna. Na Europa, a produção industrial na Alemanha registrou uma queda, enquanto as vendas no varejo na Zona do Euro vieram acima das expectativas, indicando um consumo mais resiliente.

Hoje, o Banco da Inglaterra (BoE) anunciou um corte de 25 pontos-base na taxa de juros, conforme esperado. Além disso, a agenda internacional inclui a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) nos Estados Unidos, com expectativa de um corte de 25 pontos-base, o que mantém o foco dos investidores na sinalização futura da política monetária.

Cenário Brasil

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 50 pontos-base, conforme amplamente esperado pelo mercado. A grande expectativa era sobre a sinalização dos próximos passos da política monetária e sobre a Selic Terminal. O Copom manteve o tom de dependência dos dados, o que, em nossa visão da SulAmérica Investimentos, era essencial diante das incertezas do cenário, incluindo as eleições nos EUA e a definição do pacote fiscal. Essa postura ajuda a mitigar o prêmio de risco nos ativos brasileiros, que vêm apresentando estresse nos últimos dias, e uma percepção de leniência com a inflação pelo Banco Central poderia acentuar esse risco.

Nossa leitura do comunicado foi de que ele se manteve em linha com as expectativas, mas com um tom ligeiramente hawkish. Isso se deve ao fato de que o Banco Central deixou explícito que seguirá monitorando de perto o cenário fiscal, reforçando uma postura cautelosa. Em relação às projeções, o Banco Central revisou sua estimativa para o IPCA no horizonte relevante, projetando uma taxa de 3,6% no segundo trimestre de 2026, principalmente por ajustes nos preços administrados. Embora essa revisão possa ser vista por alguns como menos conservadora, consideramos que não traz grandes implicações.

A agenda local segue com o mercado aguardando a apresentação do pacote fiscal, cuja decisão final depende do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As expectativas são de que o governo defina medidas para o controle de despesas, visando o equilíbrio das contas públicas.

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