Hoje na Economia 07/12/2018

Hoje na Economia 07/12/2018

Edição 2152

07/12/2018

Mercados abrem os negócios cautelosos, nesta manhã, enquanto aguardam pelo relatório de emprego que será divulgado nos EUA, logo mais (11h30). Em novembro, o ritmo de criação de vagas manteve o padrão de lenta desaceleração dos últimos meses, segundo as projeções do mercado. Os analistas projetam criação líquida de 198 mil postos de trabalho no mês, ficando abaixo dos 250 mil registrados em outubro. A taxa de desemprego deve se manter em 3,7%.

Os ativos americanos trazem a marca do estresse dos últimos pregões, marcado por forte volatilidade por contas das crescentes dúvidas sobre a efetividade da trégua comercial acertada entre EUA e China. Os preços das treasuries permanecem em alta, levando o juro do T-Bond de 10 anos para 2,877%, com queda de 0,57% no momento. Enquanto se aguarda pelo relatório de emprego dos EUA, o dólar opera em leve alta frente às moedas consideradas fortes. Contribui para o fortalecimento da divisa americana a reportagem do Wall Street Journal, segundo a qual os dirigentes do Fed tenderão a ser mais cautelosos no aperto monetário, após o esperado novo aumento dos juros básicos na reunião do Fomc do dia 19 próximo. A expectativa para a abertura do mercado de ações é negativa, ao se verificar que os principais índices futuros de ações da bolsa de Nova York operam em baixa: Dow Jones cai 0,43%; S&P recua 0,45%; Nasdaq perde 0,44%.

Na Ásia, mercados de ações não mostraram uma trajetória definida, oscilando entre margens estreitas. Investidores mostram-se desconfiados em relação à durabilidade da trégua comercial acertada entre americanos e chineses após a prisão da executiva da Huawei. Crescem dúvidas também sobre a disposição do Fed de manter o aperto monetário em 2019. A bolsa de Tóquio foi destaque de alta na região. O índice Nikkei fechou a sessão com valorização de 0,82%, mas terminou a semana contabilizando perda acumulada de 3,01%. O dólar é cotado a 112,82 ienes, subindo em relação ao valor de 112,75 ienes do fim da tarde de ontem. Na China, os mercados ficaram praticamente estáveis. O índice Xangai Composto teve alta marginal de 0,03%, encerrando a semana com ganho de 0,7%. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi subiu 0,34% em Seul; em Taiwan, o Taiex avançou 0,79%. O Hang Seng teve baixa de 0,35%, em Hong Kong. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou a sessão desta sexta-feira com alta de 0,2%.

Na Europa, mercados de ações voltam a operar em alta, após as perdas expressivas dos últimos dias. Um misto de preocupações com o conflito comercial entre EUA e China somado as expectativas de que o Fed não deve subir os juros em 2019 comanda as ações no dia de hoje. A bolsa de Londres registra alta de 1,49%, no momento; Paris sobe 1,30% e Frankfurt opera com ganho de 0,75%. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 apresenta valorização de 1,24%, no momento. O euro é cotado a US$ 1,1376, oscilando em torno desse valor sem tendência clara.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, ampliando as perdas recentes diante da indefinição da Opep quanto a um corte na oferta do grupo. Na reunião do grupo em Viena, encerrada ontem, não se chegou a um montante de corte. Uma definição dependerá de conversas com os produtores independentes, como a Rússia, que ocorrerão nos próximos dias. Nesta sexta-feira, o produto tipo WTI é negociado a US$ 51,39/barril, com queda de 0,20%.

Os mercados domésticos acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA para definir uma tendência para hoje. Dados em linha com o esperado pelo mercado e os sinais de que o Fed planeja encerrar mais cedo o ajuste de sua política monetária podem manter o dólar abaixo de R$ 3,90. No mercado de DIs, a divulgação do IPCA de novembro, trazendo mais uma deflação, deve manter os juros futuros em queda. Segundo as estimativas do mercado, o IPCA deve mostrar queda de 0,09% no mês e alta acumulada de 4,17% em doze meses.

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