Hoje na Economia 08/01/2013

Hoje na Economia 08/01/2013

Edição 703

08/01/2013

Investidores não se mostram dispostos a assumir posições de risco hoje, preferindo aguardar a temporada dos balanços empresariais do 4º trimestre, que se inicia hoje com a divulgação dos resultados da Alcoa, no encerramento dos mercados americanos.

Pela tendência delineada pelos futuros das principais bolsas de ações americanas no momento, o dia promete manter a tendência de queda ocorrida ontem. Os futuros do S&P e D&J operam com perdas de 0,21% e 0,12%, respectivamente, nesta manhã. Há cautela entre os investidores, mas não se pode falar de aversão ao risco. O dólar recua frente às principais moedas (dólar index-0,12%) e o juro pago pela treasury de 10 anos subiu para 1,903% ao ano.

O iene, por sua vez, se valorizou pelo segundo dia consecutivo (¥ 87,36/US$ no momento), baseado na percepção de que houve exagero nas quedas observadas nos últimos dias. Ante um iene mais valorizado, os investidores japoneses preferiram continuar o processo de realização de lucros iniciado no pregão de ontem. O índice Nikkei fechou com queda de 0,86%, penalizando as empresas exportadoras. Demais mercados asiáticos também não performaram bem no dia de hoje. O índice MSCI Asia Pacific fechou com perda de 0,7%. Na China, Xangai registrou perda de 0,41%, enquanto Hong Kong perdeu 0,94%.

Na Europa, a queda das exportações da Alemanha no mês de novembro (-3,5% MoM, desde outubro de 2011) afeta negativamente os mercados de ações nesta manhã, enquanto o investidor mantém cautela à espera da divulgação dos resultados corporativos. O índice STOXX600 mostra discretas oscilações, enquanto Londres e Paris, bolsas locais operam com altas de 0,11% e 0,19%, respectivamente. Frankfurt perde 0,19%! O euro é cotado a US$ 1,3122/€, mantendo-se relativamente estável em torno desse valor.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do tipo WTI é negociado a US$ 93,10/barril com queda de 0,10%, nesta manhã. O índice de commodities total recua 0,19%, enquanto metais perdem 0,22% e agrícolas -0,34%.

A Bovespa deve refletir, no pregão de hoje, as questões domésticas com maior intensidade do que os eventos externos. O crescente risco de racionamento de energia elétrica neste ano, limitando as chances de um maior de crescimento do PIB, deve pesar sobre a expectativa de rentabilidade das empresas, prejudicando o desempenho das ações. No mercado de câmbio, investidores podem testar o piso informal da banda, de R$ 2,00/US$. No mercado de juros, em que pese o quadro de deterioração do ambiente inflacionário, o viés dos juros futuros permanece de baixa, dada a percepção de que uma indesejada desaceleração da economia será seguida de mais do mesmo remédio: novos cortes de juros

Superintendência de Economia
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