Hoje na Economia 08/01/2016

Hoje na Economia 08/01/2016

Edição 1432

08/01/2016

Mercados financeiros globais começam o dia num tom mais otimista, após medidas na China terem estabilizado os mercados.

Na Ásia, houve queda no índice MSCI Ásia Pacífico, mas ela foi puxada pela bolsa de Tóquio, com o índice Nikkei225 recuando 0,39% por motivos ligados a resultados de empresas. A bolsa de Xangai subiu 1,97% hoje, após várias medidas terem sido tomadas entre ontem e hoje. O circuit-breaker, mecanismo que interrompe as negociações se as variações forem acima de 7%, foi cancelado pelo governo chinês. O governo chinês também orientou os fundos sob seu controle para comprar ações na bolsa. Além disso, e também muito importante, o Banco do Povo da China estabeleceu a meta de Yuan contra dólar em patamar mais valorizado hoje, o que levou o Yuan onshore a se valorizar 0,1%, após já ter se depreciado 1,4% no mês. Essa última medida em especial acalmou os mercados asiáticos de forma geral. O iene está se depreciando 0,56% contra o dólar agora, cotado a ¥/US$ 118,34, devolvendo parte da valorização conquistada nos últimos dias por ser um ativo seguro em tempos de turbulência (safe haven).

As bolsas europeias acompanham a ligeira recuperação na confiança mundial, com o índice pan-europeu STOXX600 subindo 0,60%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,72%; em Paris o CAC40 ganha 0,47%; em Frankfurt o DAX avança 0,80%. O euro é cotado a US$ 1,0880, com desvalorização de 0,47%, sendo influenciado pelos mesmos motivos que o iene.

Os índices futuros das bolsas americanas também estão em alta, com o S&P500 subindo 1,30% e o Dow Jones 1,10%. Os juros americanos também sobem, com menor aversão ao risco, agora com o título do Tesouro de 10 anos tendo yield de 2,179%. O índice DXY está se valorizando 0,43%, com ganhos em especial contra moedas de países avançados, e perdendo ligeiramente contra moedas de países emergentes. Hoje sairão dados de emprego nos EUA, que deverão ter impacto considerável no mercado. A expectativa é de criação de 200 mil empregos em dezembro.

No mercado de commodities, o alívio (mesmo que temporário) com a China ajuda os preços a subirem. O índice Bloomberg de Commodity sobe 0,3%. O petróleo tipo WTI avança 1,0%, sendo negociado a US$ 33,59/barril, ainda assim um patamar baixo.

No Brasil, hoje sairá o IPCA de dezembro, para o qual o mercado espera alta de 1,05% M/M (a expectativa da SulAmérica Investimentos é de 1,10% M/M). Uma surpresa para baixo nesse dado pode levar as taxas de juros futuros a caírem bastante, aumentando as apostas (minoritárias) de que o Copom não vá subir juros na sua próxima reunião. Entretanto, o caso base segue sendo de alta de 50 pb, dado o cenário ruim para a inflação ao longo de 2016. A bolsa brasileira deve subir hoje, acompanhando as outras bolsas e os preços de commodities, enquanto o real deve se valorizar contra o dólar. Os juros futuros devem responder ao IPCA, mas inicialmente a tendência é de queda, dado o comportamento do câmbio e diminuição de aversão ao risco.

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