Hoje na Economia 08/01/2019

Hoje na Economia 08/01/2019

Edição 2169

08/01/2019

Mercados financeiros iniciam a terça-feira de forma mais tranquila, com poucas movimentações nas bolsas de valores.

Na Ásia as bolsas fecharam sem direção única, com o MSCI Ásia Pacífico ficando próximo da estabilidade (alta de 0,1%). A bolsa de Xangai caiu -0,3% enquanto o índice Nikkei225 do Japão subiu 0,8%. Dados corporativos ruins fizeram a bolsa da Coreia recuar -0,6%. O iene se desvaloriza contra o dólar hoje, -0,09%, cotado a ¥/US$ 108,82. As negociações formais entre EUA e China para interromper a guerra comercial seguem hoje e o mercado aguarda sinais de algum progresso.

Na Europa, o dado abaixo do esperado de produção industrial na Alemanha (-1,9% M/M contra expectativa de +0,3% M/M) inicialmente teve um impacto sobre os mercados, mas as ações se recuperaram nas horas seguintes, enquanto a moeda seguiu depreciada. O euro está se depreciando -0,13%, cotado a US$/€ 1,1459. As bolsas, por sua vez, operam em alta, com o índice pan-europeu STOXX600 subindo 0,77%, com avanços de 0,79% no FTSE100 de Londres, 0,82% no CAC40 de Paris e 0,54% no DAX de Frankfurt.

Os principais índices futuros de ações americanos operam em alta hoje, com o S&P500 subindo 0,63%. Os juros futuros americanos estão recuando ligeiramente, com a Treasury de 10 anos caindo para 2,7012% a.a.. O dólar está ganhando ligeiramente valor hoje contra a maioria das moedas, com o índice DXY subindo 0,14%.

Os índices de preços de commodities seguem em sua trajetória de recuperação. O índice geral de preços da Bloomberg sobe 0,40%. O preço do petróleo sobe 0,64%, com o barril tipo WTI cotado a US$ 48,83.

Ontem os ativos brasileiros se depreciaram, ainda com preocupações sobre o desencontro entre falas do presidente Bolsonaro e seus ministros, e também com realização de lucros. Hoje matérias de jornais indicam que a reforma da Previdência de Bolsonaro deve ter uma regra de transição mais dura que a de Temer, com a idade mínima sendo alcançada em 12 anos contra 21 anos na proposta original do ex-presidente, o que deve levar a uma queda de gastos mais rápida. Isso pode ajudar a diminuir as incertezas sobre o que o atual governo pode fazer e fazer o mercado recuperar a confiança nele. Hoje serão divulgados o IGP-DI e o IPC-S, que devem subir em relação às medições anteriores. O IGP-DI de dezembro ainda deve ficar negativo, em -0,69% M/M, porém o IPC-S da 1ª semana de janeiro deve avançar para 0,43%. A produção industrial brasileira também será divulgada hoje, com a expectativa da SulAmérica Investimentos sendo de 0,0% M/M contra +0,2% M/M da mediana do mercado. Os juros futuros brasileiros devem recuar, com a recuperação ainda fraca da economia e com as notícias sobre uma reforma da Previdência mais dura. A bolsa brasileira pode subir ligeiramente, ainda preocupada com desencontros entre algumas falas de pessoas do governo em relação a algumas empresas específicas. O real, por sua vez, deve depreciar hoje, tendo já alcançado um patamar bem valorizado em relação aos últimos meses e com um ambiente global em que as moedas de países emergentes se depreciam contra o dólar.

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