Hoje na Economia – 08/01/2024

 Cenário Internacional

Nos EUA, o payroll referente a dezembro, que foi divulgado na última sexta-feira, surpreendeu para cima a expectativa consensual dos analistas ao mostrar criação de 216 mil postos de trabalho no mês, ante 175 mil esperados e 173 mil no dado anterior, revisado de 199 mil. A taxa de desemprego manteve-se estável em 3,7%, levemente abaixo da expectativa de alta para 3,8%. Os ganhos salariais avançaram mais do que o esperado em dezembro (0,4% M/M vs. 0,3% M/M), o que ajudou a pressionar o mercado de juros após a divulgação do dado. Por outro lado, no front da atividade, houve surpresa baixista na divulgação do ISM de Serviços referente a dezembro, que veio em 50,6 ante 52,5 esperado e 52,7 no dado de novembro. A surpresa negativa teve contribuição dos componentes de emprego e de novas encomendas, enquanto o componente de preços pagos veio em linha com o esperado.

Nesta madrugada, os dados de atividade divulgados na Europa vieram em linha com o esperado, enquanto as encomendas à indústria vieram abaixo do esperado na Alemanha. O índice Sentix de confiança do investidor da Zona do Euro permaneceu em campo negativo em janeiro (-15,8), conforme esperado pelos analistas, e as vendas no varejo registraram queda de 0,3% M/M em novembro. Na Alemanha, as encomendas à indústria subiram 0,3% M/M em novembro, frustrando a expectativa de alta de 1,1% na margem.

Para hoje, o restante da agenda global conta com a divulgação da das expectativas de inflação para os próximos 12 meses coletadas pelo Fed de NY, nos EUA, e do discurso de Bostic, do Fed.

 Cenário Brasil

No âmbito local, o Relatório Focus desta segunda-feira não trouxe destaques em termos de revisões relevantes das projeções de inflação, juros e crescimento. As expectativas de inflação para 2024, 2025 e 2026 mantiveram-se em 3,90%, 3,50% e 3,50%, respectivamente, enquanto a mediana das projeções para a taxa Selic seguem em 9,00% ao final de 2024 e 8,50% para 2025 e 2026.