Hoje na Economia 08/03/2013

Hoje na Economia 08/03/2013

Edição 741

08/03/2013

A expectativa de que o relatório de emprego de fevereiro, a ser divulgado nos EUA logo mais, confirme o quadro de firme recuperação da economia americana alimenta o apetite ao risco nesta manhã, beneficiando bolsas, dólar e commodities em geral.

A mediana das projeções de mercado aponta para criação líquida de 165 mil novas vagas pela economia americana no período, superando o número de janeiro (157 mil). A taxa de desemprego deverá se manter no mesmo patamar de janeiro (7,9%). Os futuros dos índices S&P e D&J operam em alta de 0,30% e 0,29%, respectivamente, nesta manhã. O dólar se valoriza frente às principais moedas, enquanto a treasury de 10 anos remunera a 2,00% ao ano.

O euro recua para US$ 1,3095, contra US$1,3107 cotado ontem à tarde. As bolsas da zona do euro acompanham a alta diante da perspectiva otimista que cerca os números sobre a economia americana. O índice de ações pan-europeu STOXX600 registra ganho de 0,43% no momento, acompanhado de valorização de 0,27% em Londres, e +0,67% e +0,58% das bolsas de Paris e Frankfurt, respectivamente.

No cômputo geral, as bolsas asiáticas fecharam em alta. O índice MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,6% no pregão de hoje. Mas os resultados regionais foram divergentes. No Japão, o índice Nikkei fechou em alta de 2,64%, colocando a bolsa de Tókio de volta ao patamar précrise de 2008. Esse desempenho refletiu a forte desvalorização do iene, motivado pela ampliação do déficit em conta corrente nipônico em janeiro, que colocou a moeda local valendo 94,37 ienes por dólar, o nível mais elevado desde 2009. Ante a moeda única europeia, a cotação atingiu 125,04 ienes por euro. Na China, os dados sobre a balança comercial de fevereiro mostraram queda inesperada das importações chinesas, colocando em risco a percepção de que o mercado doméstico chinês poderá sustentar o crescimento da segunda maior economia do mundo neste ano. A bolsa de Xangai fechou em queda de 0,24%, enquanto Hong Kong apurou ganho de 1,41%.

No mercado de petróleo, as boas perspectivas que cercam a economia norte-americana deram um alento à cotação do produto tipo WTI, que voltou a ser negociado acima de US$ 91,0/barril, após as quedas dos últimos dias. Demais commodities, os fracos resultados das importações chinesas derrubaram a cotação dos metais, que recuam 0,50% nesta manhã, enquanto agrícolas sobem 0,23%.

A Bovespa poderá acompanhar o bom humor dos mercados europeus e americanos, alimentado pela expectativa de bons números sobre o emprego nos EUA. Na contramão, pesa o mau humor que vem da China, por conta dos sinais de enfraquecimento da demanda interna chinesa, dado pelas importações de fevereiro. No mercado de renda fixa, os investidores deverão aguardar a divulgação do IPCA de fevereiro (consenso: 0,49%) para reforçar suas apostas quanto aos próximos passos da política monetária.

Superintendência de Economia
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