Hoje na Economia 08/03/2017

Edição 1719

08/03/2017

Mercados de ações não mostram direcional único, nesta manhã, enquanto o dólar e os juros das treasuries sobem em meio às especulações sobre o ritmo do ajuste da política monetária norte-americana.

Na Ásia, as bolsas japonesas voltaram a fechar em queda. O índice Nikkei encerrou o pregão de hoje com recuo de 0,47%, após cair 0,18% no dia anterior. Incertezas sobre o futuro ritmo de aperto da política monetária nos EUA contribuiu para inibir o investimento em ações no mercado local. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 114,07 ienes, contra 113,98 ienes no fim da tarde de ontem. Na China, depois de uma abertura em alta, a bolsa de Xangai fechou com discreta baixa (-0,05%), refletindo o déficit comercial de US$ 9,15 bilhões contabilizados pelo setor externo chinês em fevereiro, o primeiro resultado negativo desde 2014. A forte alta das importações (+38,1% A/A) e o recuo das exportações (-1,3% A/A) não foram antecipados pelas projeções dos analistas. Em Hong Kong, o índice de ações Hang Seng subiu 0,43%.

Na Europa, mercados de ações flutuam em meio a baixos volumes de negócios, após quatro sessões seguidas de perdas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,12%, no momento. Em Londres, o índice de ações FTSE100 registra discreta alta (+0,08%), o mesmo acontecendo com o índice CAC40 da bolsa de Paris (+0,04%). Em Frankfurt, o índice DAX sobe 0,29%, nesta manhã. O euro troca de mãos a US$ 1,0555 de US$ 1,0572 no final da tarde de ontem.

No mercado americano, o índice futuro de ações do S&P 500 opera com queda moderada (-0,09%). Especulações de que o Fed deverá subir a taxa de juro de referência (fed fund) pelo menos três vezes neste ano, alimentam a alta dos juros e da moeda americana. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 0,94%, situando-se em 2,542%, enquanto o índice DXY, que reflete o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, sobe 0,15%, situando-se em 101,95 pontos.

No mercado de petróleo, a American Petroleum Institute (API) estimou, ontem à noite, que o volume de petróleo estocado nos EUA deu um salto de 11,6 milhões de barris na última semana. Por consequência, os preços da commodity recuam nesta manhã. O contrato futuro do WTI, para entrega em abril, cai 0,81%, sendo negociado a US$ 52,71/barril.

No mercado doméstico, após os dados divulgados ontem pelo IBGE confirmarem nova queda do PIB no 4º Trim, os olhos voltam-se para a divulgação da produção industrial de janeiro, na expectativa de se observar sinais de reação da atividade neste início de ano. Segundo as projeções coletadas pela Bloomberg, a produção industrial deve ter recuado 0,4% na comparação mensal e aumentado 1% em relação a janeiro de 2016. No âmbito político, deputados do PMDB sinalizaram ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que o texto da reforma da Previdência dificilmente será aprovado sem modificações. Os parlamentares relataram as dificuldades em apoiar medidas consideradas cruciais ao governo, como a idade mínima e as regras de transição.