Hoje na Economia 08/03/2018

Edição 1966

08/03/2018

Investidores mostram-se mais propenso ao risco, nesta quinta-feira, deixando de lado – por ora – as preocupações com possível guerra comercial, após membros da Casa Branca sinalizarem que o governo americano poderá abrandar as medidas protecionistas, isentando alguns parceiros.

Na Ásia, mercados de ações operaram no azul, tendo o índice regional MSCI Asia Pacific valorizado 0,7%. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio subiu 0,54%. Esse resultado refletiu, também, a revisão para cima dos dados do PIB do 4º trimestre, que teve expansão anualizada de 1,6% no período, bem acima da variação de 0,5% divulgada anteriormente. A moeda americana é negociada a 106,07 ienes, recuando de 106,15 ienes de ontem à tarde. Na China, a balança comercial registrou superávit de US$ 33,7 bilhões em fevereiro, surpreendendo os analistas que previam déficit de US$ 5,4 bilhões. As exportações subiram 44,5% frente a igual mês de 2017 (11,1% em janeiro), superando as previsões de 8,5% dos analistas. As importações cresceram 6,3% também em bases anuais, contra 7,5% projetado pelo mercado. O índice de ações Xangai Composto fechou com alta de 0,51%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve ganho de 1,52%.

Mercados de ações europeus acompanharam o movimento de alta das bolsas asiáticas. O índice de ações regional STOXX600 sobe 0,26%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 avança 0,13%; em Paris o CAC40 tem valorização de 0,44%; apenas a bolsa de Frankfurt opera no vermelho, com o DAX recuando 0,23%, no momento. Hoje ocorre a reunião de política monetária da zona do euro, as 9h45. Não se espera que o Banco Central Europeu faça qualquer modificação na atual instância da política monetária. Os investidores esperam por indicações sobre o encerramento da atual política de compra de ativos (QE). O euro é cotado a 1,2388 nesta manhã, contra US$ 1,2412 de ontem à tarde.

Neste dia de menor aversão ao risco, o dólar se recupera frente às principais moedas, principalmente ante o iene e o euro. No momento, o índice DXY registra valorização de 0,13%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,882%, com ligeira alta frente a 2,880% do ontem à tarde. Os futuros dos principais índices de ações de Nova York não mostram direcional único: o índice futuro do Dow Jones recua 0,11%, o S&P 500 opera estável; o Nasdaq avança 0,25%.

No mercado de petróleo, as cotações da commodity voltam a subir nesta quinta-feira após as quedas de ontem, em reação a dados que mostraram novos avanços na produção e estoque dos EUA na semana passada. No momento, o contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em abril é cotado a US$ 61,22/barril, com alta de 0,11%.

Uma postura comercial menos agressiva por parte dos EUA e os bons resultados apresentados pelo setor exportador da China devem animar o mercado de ações, levando a Bovespa a operar no azul, podendo se recuperar das perdas da sessão de ontem. O abrandamento das medidas protecionistas pode ajudar na recuperação das moedas das economias emergentes, que como o real, perderam diante do dólar por conta da ameaça de acirramento do protecionismo americano.