Hoje na Economia 08/04/2014

Edição 1006

08/04/2014

Mercados operam entre altos e baixos, em dia de poucos eventos, onde as atenções se voltam mais uma vez para o aumento das tensões entre Estados Unidos e Rússia por conta do desenrolar dos acontecimentos na Ucrânia.

Nos EUA, os índices futuros das principais bolsas registram ligeiras quedas: S&P -0,07% e D&J -0,08%. O dólar, por sua vez, mostra forte recuo frente às principais moedas: o dólar index perde 0,31% nesta manhã, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece em 2,70% ao ano. Na agenda de eventos, destaque para os discursos de dois dirigentes do Fed: Narayana Kocherlakota (Fed de Minneapolis) e Charles Plosser (Fed da Filadélfia), ambos com poder de voto no Fomc este ano. Após o fechamento do mercado, a Alcoa abre a temporada de balanços com os resultados do primeiro trimestre de 2014.

Na Europa, o quadro não é diferente. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 apresenta queda de 0,53%, no momento, afetado pelos temores em relação à nova escalada das tensões na Europa Oriental. Principais bolsas da região também mostram significativas perdas: Londres -0,82%; Paris -0,56% e Frankfurt -0,64%. O euro é negociado a US$ 1,3767 subindo em relação à cotação de US$ 1,3742 de ontem à tarde.

Na Ásia, mercados fecharam em direções distintas, prevalecendo pequena queda no agregado: -0,1% para o índice MSCI Asia Pacific no dia de hoje. Em Tókio, o Nikkei fechou com perda de 1,36%. Esse resultado refletiu a valorização do iene após o Banco do Japão (BoJ), ao final de sua reunião de política monetária, ter afirmado descartar medidas de estímulo monetário adicionais, uma vez que já se percebe reação positiva na atividade econômica japonesa. O dólar americano é cotado a 102,56 ienes, contra 103,26, ontem. Na China, a bolsa de Xangai fechou com ganho de 1,92%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou valorização de 0,98%.

No mercado de petróleo, boatos sobre a redução dos estoques de gasolina nos EUA impulsionam os negócios do produto tipo WTI, que sobe 0,72% nesta manhã, cotado a US$ 101,16/barril. Demais commodities operam com tendências distintas: metais e agrícolas recuam -0,05% e -0,07%, respectivamente, enquanto metais preciosos sobem 1,0%, liderados pelo ouro.

Sem um motivador mais firme para comandar as decisões nos mercados, a Bovespa pode acompanhar a tendência de baixa delineada pelos mercados internacionais, nesta manhã, abrindo espaço para alguma realização de lucros após as sucessivas valorizações recentes. No mercado de câmbio a fraqueza global do dólar deve contribuir para mais um dia favorável ao real. No mercado de juros, espera-se por fracas oscilações, com investidor mirando o IPCA e a ata do Copom que serão divulgados nos próximos dias.