Hoje na Economia 08/04/2015

Hoje na Economia 08/04/2015

Edição 1249

08/04/2015

Mercados financeiros seguem otimistas na manhã de hoje, com bolsas subindo ao redor do mundo com notícias de fusões de empresas e expectativas de mais estímulo na China.

As bolsas asiáticas fecharam em alta. O índice MSCI Ásia Pacífico subiu 1,4%, chegando ao maior valor desde junho de 2008. O Banco do Japão manteve o ritmo de expansão monetária em 80 tri de ienes / ano, e com isso o índice Nikkei225 subiu 0,76%. A bolsa chinesa seguiu subindo, com a bolsa de Xangai avançando 0,84% e o índice ficando pouco abaixo de 4000, um patamar técnico importante. A bolsa de Hong Kong avançou ainda mais, 3,8%, com investidores se aproveitando da conexão entre as bolsas chinesas, estabelecida há meses, mas só agora sendo usada até o limite diário. O iene se valoriza diante do dólar, 0,45%, agora cotado a ¥/US$ 119,73.

Na Europa, as bolsas operam em alta após a notícia que duas importantes empresas de petróleo devem se fundir. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,18%,, com alta de 0,50% no índice FTSE100 de Londres. O CAC40 da França recua 0,17% e o DAX da Alemanha cai 0,51%, após a notícia de que o governo francês deve aumentar sua participação na Renault. As vendas no varejo na Zona do Euro também mostraram queda em fevereiro, de -0,2% M/M, como esperado. O euro está se apreciando contra o dólar hoje, +0,52%, cotado a US$/€ 1,0868.

No mercado de commodities, o dia é de queda. O preço do barril de petróleo tipo WTI está em US$ 52,84, uma queda de 2,11% em relação a ontem, e encerrando um rally que teve início em 30/mar. Outras commodities também têm queda, com o índice UBS/Bloomberg recuando 0,50%, com destaque para energia e metálicas.

Os índices futuros dos EUA operam em ligeira alta hoje, com o Dow Jones avançando 0,06% e o S&P500 0,02%. O dólar perde valor contra as principais moedas do mundo, com o índice DXY recuando 0,48%. Contra as moedas emergentes, o dólar perde ainda mais valor, em especial contra o rublo. Hoje sai a ata da reunião do FOMC, e o mercado deve lê-la com atenção para ver se os sinais dovish de alguns membros do FOMC após a divulgação do payroll abaixo do esperado serão confirmados pelo restante do colegiado.

No Brasil, a inflação medida pelo IGP-DI ficou acima do esperado, em 1,21% contra expectativa de 1,00%, com surpresa em especial no IPA industrial. Já o IPC-S da 1ª semana de abril veio abaixo do esperado. Hoje sai o IPCA de abril, que deve ter avançado 1,41% M/M segundo nossa projeção e 1,38% segundo a mediana de expectativas da Bloomberg. O mercado de juros futuros deve responder a esse dado, em especial se ele vier abaixo do esperado, uma vez que já é esperada uma redução considerável na inflação mensal nos próximos meses (0,60% M/M em abril no Focus, por exemplo), aumentando as apostas de ciclo menor de aumento da Selic. A bolsa brasileira pode ter alta hoje, seguindo a notícia de possível maior concentração do setor de petróleo no Brasil. Já o real deve responder em especial à ata do FOMC, sendo que no início da manhã deve acompanhar as outras moedas emergentes e ganhar valor diante do dólar.

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