Hoje na Economia – 08/04/2020

Hoje na Economia – 08/04/2020

Mercados abrem os negócios, nesta quarta-feira, sem direcional claro, mas com ligeiro viés para baixo. Investidores monitoram os desdobramentos da pandemia do coronavírus. Apesar dos sinais recentes de desaceleração do coronavírus em várias partes do mundo, o cenário permanece indefinido, diante da percepção de que o fim da pandemia parece ainda estar bem distante.

Na Ásia, as bolsas de ações da região não evoluíram em sentido único. O índice MSCI Asia Pacific fechou perto da estabilidade. Na China, as perdas foram modestas: o índice Xangai Composto recuou 0,19%. No Japão, o índice Nikkei registrou avanço de 2,13% em Tóquio, um dia depois de o gabinete do Japão aprovar um pacote econômico equivalente a quase US$ 1 trilhão, para combater os efeitos da epidemia. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve baixa de 1,17%; enquanto o sul-coreano Kospi caiu 0,90% em Seul. Em Taiwan, o Taiex avançou 1,14%. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 108,85 ienes, mantendo-se pouco acima da cotação de 108,78 de ontem à tarde.

Na Europa, os mercados operam majoritariamente no vermelho. O fracasso da reunião dos ministros de Finanças da zona do euro para decidir sobre um pacote de ajuda no combate à epidemia pesa nas decisões dos investidores. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 1,44%, no momento. Em Londres, onde a aflição é maior com as preocupações com a saúde do primeiro-ministro Boris Johnson, o índice FTSE100 cai 1,66%; o CAC40 perde 1,95% em Paris; o DAX tem perda de 1,02% em Frankfurt. O euro se enfraquece diante da notícia de falta de acordo entre os ministros de finanças do grupo, sendo cotado a US$ 1,0851 de US$ 1,0904 de ontem à tarde.

No mercado americano, os futuros das bolsas de Nova York sobem de forma moderada e os juros das Treasuries operam perto da estabilidade nesta manhã, com investidores atento ás notícias sobre a evolução da epidemia nos EUA e, em particular, em Nova York. As últimas estatísticas divulgadas voltaram a mostrar piora no quadro, após a melhora dos últimos dias. Na renda fixa, o rendimento da T-Note de 2 anos, bem como do T-Note de 10 anos, tem avanços marginais, situando-se em 0,2619% e 0,7262%, respectivamente. No mercado futuro de ações, o Dow Jones opera próximo da estabilidade; o S&P 500 sobe apenas 0,05%; Nasdaq tem alta discreta de 0,15%. O índice DXY, que mede as variações do dólar em relação a outras seis moedas relevantes, opera em alta de 0,29%, refletindo principalmente a fraqueza da moeda comum europeia.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã, recuperando-se, parcialmente, das perdas de ontem. Investidores seguem esperando pela reunião entre a Opep e os produtores independentes, prevista para amanhã, que poderão decidir sobre possível corte adicional na produção do grupo. No momento, o petróleo WTI, para maio, é negociado a US$ 24,31/barril, com alta de 2,79%.

No mercado doméstico, o IBGE divulga a pesquisa sobre o volume de serviços gerado em fevereiro, que segundo o consenso do mercado deve ter subido 1,9% em relação a fevereiro de 2019. No mercado de capitais, a bolsa brasileira deve operar em alta moderada, acompanhando a evolução dos mercados americanos, sujeita às notícias sobre a administração do combate da epidemia no país. O real deve se valorizar diante do dólar, enquanto os juros futuros devem mostrar ligeiras oscilações, com leve viés de baixa.

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