Hoje na Economia 08/05/2018

Hoje na Economia 08/05/2018

Edição 2008

08/05/2018

A decisão que o presidente Donald Trump deve adotar sobre a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã, a ser anunciada nesta terça-feira às 15h de Brasília, concentra as atenções dos mercados. Isso coloca o petróleo no centro das preocupações dos investidores, uma vez que o Irã é o terceiro maior produtor do mundo. Importantes aliados americanos, como Inglaterra, França e Alemanha são contra a saída do acordo nuclear. Caso Trump opte por deixar o acordo, o acirramento das tensões geopolíticas devem gerar impactos sobre os mercados, notadamente do petróleo, alimentando receios de inflação e de juros mais altos nos EUA.

Enquanto se espera pela decisão de Trump sobre o Irã, os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã. O barril do petróleo para entrega em junho opera com queda de 1,19%, com a cotação recuando para US$ 69,89.

Na Ásia, as bolsas de ações operaram majoritariamente em alta, estimuladas pelo bom desempenho dos papeis relacionados aos setores de tecnologia e bancos. O índice de ações MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,50%, nesta terça-feira. Na China, a balança comercial voltou a registrar superávit em abril, graças à expansão das exportações favorecidas pelo crescimento da demanda mundial. Segundo os dados divulgados, a China registrou superávit de US$ 28,78 bilhões em abril (déficit de US$ 4,98 bi em março), com as exportações subindo 12,9% (projeções: 7,5%) e as importações avançando 21,5%, contra estimativa de 15,5% dos analistas. O índice Composto de Xangai subiu 0,79%, enquanto o Hang Seng subia 1,36% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,18% em Tóquio, favorecido pela alta das ações de farmacêuticos e bancos. O dólar é cotado a 109,03 ienes, mantendo-se estável em relação à cotação do final da tarde de ontem.

Na Europa, mercados de ações operam no vermelho, após dois dias de ganhos consecutivos. O índice regional STOXX600 recua 0,19%, nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 opera na contramão das demais bolsas da região, apurando ganho de 0,13%, enquanto em Paris, o CAC40 recua 0,40% e o DAX perde 0,46% em Frankfurt. O euro é cotado a US$ 1,1887, recuando ante a cotação de US$ 1,1929 do fim da tarde de ontem.

Nesta terça-feira, o dólar permanece em alta frente às principais moedas. O índice DXY se valoriza 0,33% no momento, situando-se em 93,038, o mais alto desde dezembro passado. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,946% ao ano, recuando ante o valor de 2,951% de ontem à tarde. Os futuros de ações dos principais índices de Nova York operam em baixa nesta manhã: Dow Jones perde 0,21%; S&P 500 cai 0,28%; Nasdaq recua 0,23%.

A Bovespa deve operar de olho no petróleo. Internamente será divulgado o balanço da Petrobrás, enquanto no exterior o foco estará na decisão do presidente Donald Trump sobre o acordo nuclear com o Irã. Esse ambiente favorece a aversão ao risco, mantendo o dólar e os juros futuros pressionados.

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