Hoje na Economia 08/06/2015

Hoje na Economia 08/06/2015

Edição 1290

08/06/2015

Há certo clima de aversão ao risco predominando nos mercados nesta manhã. À crise grega que se arrasta sem solução à vista somam-se a crise política na Turquia e a perspectiva de elevação dos juros americanos nos próximos meses, tornando os investidores mais seletivos, buscando economias com fundamentos mais sólidos.

Na Ásia as bolsas fecharam sem direção única. Na China, apesar dos fracos resultados sobre o setor externo, mostrando quedas nas exportações e importações em maio, a bolsa de Xangai fechou com valorização de 2,17%, com investidores apostando em novas medidas de estímulo para a fraca economia local. Em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou ganho de 0,21%. No Japão, a bolsa de Tókio fechou próximo da estabilidade, com índice Nikkei registrando -0,02%. Foi um dia de volume fraco, quando os investidores se mostraram mais suscetíveis a risco, preocupados com o desempenho futuro das bolsas globais, quando os EUA iniciar o aperto monetário, provavelmente, em setembro. Esse sentimento negativo anulou a elevação acentuada do dólar ante o iene durante a sessão asiática. No momento, a moeda americana é cotada a 125,30 ienes, subindo +0,25%.

Na Europa, bolsas operam em baixa, com investidores preocupados com a Grécia, que busca um acordo financeiro com os seus credores. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,36% no momento, dando sequencia as quedas observadas na semana passada. Em Frankfurt, o índice DAX registra perda de 0,58%, enquanto em Paris, o CAC40 recuava 0,64%. Em Londres, o índice FTSE 100 registra ligeira queda (-0,07%). No mercado de moedas, o euro é negociado a US$ 1,1121 (+0,07%), no momento.

Os futuros das principais bolsas de ações norte-americanas também operam no vermelho. O índice S&P 500 registra recuo de 0,12%, enquanto o D&J perde 0,34%. Nesta semana, em que a agenda econômica americana ganha maior interesse a partir de quarta-feira e sem pronunciamentos previstos para os membros do Fed nos próximos dias, investidor busca motivos técnicos para ajustar a posição em ações. O índice DXY mostra que a moeda americana opera estável nesta manhã, enquanto o juro da Treasury de 10 anos recuou 0,97% em relação ao final de sexta-feira, situando em 2,382%, nesta manhã.

Os fracos números referentes ao comércio exterior da China em maio afetaram os negócios no mercado de petróleo. Os contratos do produto WTI para julho recuam 0,64% no momento, negociados a US$ 58,75/barril. O índice Total de commodities opera próximo da estabilidade, com destaque para a queda de 0,15% dos metais básicos, contrabalançada palas altas de 0,32% para agrícolas e +0,56% para metais preciosos.

Em um dia de agenda econômica fraca, a Bovespa deve seguir os seus pares internacionais, que operam em sua maioria em baixa nesta manhã. No âmbito político, o Congresso deverá dar uma trégua ao ajuste fiscal, se concentrando em votar a lei de maioridade penal, nesta semana. No mercado de juros futuros, vencimentos longos acompanharão o movimento do dólar e das treasuries, enquanto os curtos deverão se manter estáveis, aguardando a divulgação do IPCA de maio na quarta-feira e da ata do Copom no dia seguinte.

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