Hoje na Economia – 08/06/2020

Hoje na Economia – 08/06/2020

Mercados iniciam a semana sem uma tendência definida. Realizam ganhos auferidos nos últimos dias, em meio a um otimismo moderado, diante dos sinais de que a atividade ganha força em várias partes do mundo. Na China, as exportações caíram menos do que o previsto em maio, enquanto no Japão, o PIB sofreu contração menor do que havia sido calculado inicialmente para o primeiro trimestre. Antes disso, o relatório de emprego dos EUA já havia surpreendido na sexta-feira, ao mostrar criação líquida de postos de trabalho.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam majoritariamente em alta, estimuladas pela inesperada recuperação do mercado de trabalho americano em maio, alimentando esperança de que a economia global supere a crise do coronavírus de forma mais rápida do que se previa. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,70%. No Japão, o índice Nikkei fechou o dia com alta de 1,37% em Tóquio. O PIB do Japão se contraiu em ritmo anualizado de 2,2% no 1º trimestre, queda menor do que a estimada pelos analistas (-3,4%). Na China, as exportações mostraram contração de 3,3% em maio em relação a igual mês do ano passado, superando as projeções que apontavam para queda de 6,5%. No mercado de ações, o índice Xangai Composto terminou o pregão com ganho de 0,24%. Em Seul, o sul-coreano Kospi subiu 0,11%; enquanto o Hang Seng teve alta marginal de 0,03% em Hong Kong. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 109,49 ienes, recuando ante o valor de 109,60 ienes do final de sexta-feira.

As bolsas europeias optaram por começar a semana com realização de lucros após os fortes ganhos da semana passada. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda discreta de 012%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,26%, mas as bolsas de Paris e Frankfurt operam em queda: o CAC40 cai 0,05% e o DAX recua 0,22%, respectivamente. Na Alemanha, a produção industrial sofreu queda histórica de 17,9% em abril ante março, refletindo os impactos da pandemia sobre a atividade da região. O euro troca de mãos a US$ 1,1298, com discreta valorização de 0,05%, no momento.

No mercado americano, o dólar começa a semana em queda diante das principais moedas. O índice DXY do dólar, que mede a variação da moeda frente a outras seis divisas relevantes, recua 0,10%, situando-se em 96,83 pontos. Os juros das Treasuries sobem nesta manhã, sugerindo que o impacto da pandemia de coronavírus na economia global tem sido menor do que se imaginava. No momento, o juro do T-Note de 10 anos encontra-se em 0,9186% ao ano, com alta de 2,62%. No mercado futuro, os principais índices das bolsas de Nova York apontam para uma abertura firme em Wall Street: o futuro do Dow Jones sobe 0,66%; S&P 500 avança 0,49%; Nasdaq se valoriza 0,22%.

Os contratos futuros de petróleo iniciam a semana apresentando forte valorização. Reflexo da confirmação pela Opep+, no sábado, da esperada prorrogação dos atuais cortes em sua produção coletiva até o final de julho. Nesta manhã, o contrato futuro do produto tipo WTI para julho é cotado a US$ 39,90/barril, valorizando 0,91%.

A Bovespa deve abrir em alta favorecida pela expectativa mais otimista de recuperação das principais economias, além da valorização do petróleo e minério de ferro, nesta segunda-feira. No mercado de câmbio, o ambiente permanece favorável ao real, mas quedas adicionais serão limitadas pelos movimentos recentes e pelo contexto de preocupações internas. No mercado de DIs, a semana será de refinamento das apostas visando a reunião do Copom, na semana que vem. As apostas majoritárias devem continuar apontando para um corte de 0,75 pp na Selic.

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