Hoje na Economia – 08/06/2021

Hoje na Economia – 08/06/2021

Mercados globais operam sem direção única na terça-feira, aguardando eventos importantes que ocorrerão nos próximos dias, como divulgação da inflação ao consumidor nos EUA e reunião do BCE na quinta-feira.

Na Ásia as bolsas fecharam em queda, majoritariamente devido a notícias corporativas. A queda foi pequena, de -0,2% no índice MSCI Asia Pacific, que está praticamente estável nas últimas duas semanas. Houve recuos de -0,19% no Nikkei225 de Tóquio, -0,02% no Hang Seng de Hong Kong, -0,54% na bolsa de Xangai e -0,13% no KOSPI de Seul. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,16%, cotado a ¥/US$ 109,43. O PIB do Japão do 1º trimestre foi revisto para cima, de -1,2% T/T para -1,0% T/T.

Na Europa as bolsas operam sem direção única. O índice pan-europeu STOXX 600 ainda tem alta, de 0,13%, com avanços de 0,18% no FTSE100 de Londres e 0,08% no CAC40 de Paris ajudando. No entanto, há queda também de -0,16% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,09%, cotado a US$/€ 1,2179. O PIB da Zona do Euro do 1º trimestre foi revisto para cima também, de -0,6% T/T para -0,3% T/T. O índice ZEW de expectativas para junho na Zona do Euro caiu em relação a maio (81,3 contra 84,0). Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas também caiu (de 84,4 para 79,8) e ficou abaixo do esperado (86,0). No entanto, o índice ZEW de situação atual seguiu melhorando, passando de -40,1 para -9,1 e ficando acima do esperado (-28).

Nos EUA, os índices futuros de ações alternam ganhos e perdas. Há quedas nas ações mais tradicionais, com recuos de -0,37% no Dow Jones e -0,11% no S&P500. Por outro lado, há alta de 0,06% no NASDAQ. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, com o índice DXY subindo 0,17%. Os juros americanos estão caindo, com o yield da Treasury de 10 anos recuando 2 pb, para 1,55% a.a.. Hoje serão divulgados dados de menor relevância para o mercado, com a abertura de empregos em abril no relatório JOLTS devendo bater novo recorde, indo para 8,2 milhões e indicando que não há falta de demanda por mão de obra.

Os preços de commodities alternam ganhos e perdas pela manhã. O índice geral da Bloomberg avança 0,13%, com ganhos em especial em commodities agrícolas, como soja (0,90%), milho (1,41%) e trigo (1,14%). O petróleo tipo WTI cai -0,87%, cotado a US$ 68,63/barril. As commodities metálicas em sua maioria caem, com recuos de -0,55% no cobre e -0,72% no níquel.

No Brasil, hoje já saiu o IPC-S da 1ª semana de junho, que ficou em 0,81% contra mediana de projeções de 0,82%. O IGP-DI de maio será divulgado, devendo ter acelerado de 2,22% no mês anterior para 3,66% em maio, mas desacelerando em relação ao IGP-M, de 4,10%. O dado mais importante a ser divulgado hoje deve ser o de vendas no varejo em abril. A expectativa é de alta de 2,1% M/M no índice ampliado e queda de -0,3% M/M no índice restrito. Também será divulgado o dado da Anfavea de produção, vendas e exportações de veículos, referente a maio. O noticiário dos últimos dias indica que o governo federal deve estender o programa de auxílio emergencial por mais dois meses, com o uso de mais R$ 12 bi de crédito extraordinário, antes de anunciar um novo programa Bolsa Família no último trimestre. Os juros futuros podem abrir em alta com esse noticiário de maiores gastos, mas devem reagir mais aos dados de atividade que sairão ao longo do dia. O real deve se depreciar diante do dólar e a bolsa pode cair, acompanhando movimento global.

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