Hoje na Economia 08/07/2015

Hoje na Economia 08/07/2015

Edição 1312

08/07/2015

Bolsas da China voltam a cair forte na sessão de hoje. O índice Xangai Composto recuou 5,90% e em Hong Kong, o índice Hang Seng se desvalorizou 5,84%. Falhou a nova tentativa do governo chinês de estancar o desmonte de posições alavancadas no mercado acionário. A nova onda de vendas carregou junto os investidores, que recentemente foram atraídos pela valorização expressiva das ações, levando-os a vender a qualquer preço.

As bolsas da Ásia sofreram o impacto, uma vez que os receios sobre a volatilidade do mercado chinês e sobre a crise da dívida da Grécia agravaram a aversão ao risco. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 3,2%. A bolsa de Tókio registrou a maior queda em 16 meses, com o Nikkei recuando 3,14% no dia. A busca por porto seguro estimulou a procura pelo iene, levando o dólar a ser negociado a 121,44 ienes, com valorização de 0,90%, nesta manhã.

As commodities colapsaram junto com o mercado acionário chinês. O Índice Bloomberg de Commodities – que acompanha 22 tipos diferentes de matérias primas – recuou 4,6% nos últimos três dias, acumulando queda de 7% no ano. O petróleo tipo WTI, por sua vez, opera em sentido contrário. No momento, é negociado a US$ 56,28/barril, com alta de 0,65%.

Na Europa, a cúpula europeia ordenou que o governo grego aceite as exigências para um novo pacote de ajuda financeira ou enfrente as consequências que podem resultar na expulsão da Grécia da zona do euro. O governo grego tem até domingo para se manifestar. Enquanto isso, mercados europeus flutuam em torno dos novos níveis atingidos, como também acusam os reflexo da crise chinesa, principalmente sobre as ações das produtoras de autos. O índice STOXX600 opera estável, nesta manhã. Londres sobe 0,69%; Paris avança 0,66% e Frankfurt ganha 0,37%. O euro é negociado a US$ 1,1028, com alta de 0,15%, no momento.

Nos EUA, os futuros das principais bolsas americanas refletem a aversão ao risco que predomina nos principais mercados, dado as crises grega e chinesa. O índice S&P 500 perde 0,94%, enquanto o D&J recua 0,90%. O dólar índex mostra que, no momento, a moeda americana recua 0,43% diante das principais moedas, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,20% ao ano. O destaque da agenda econômica é a divulgação da ata da reunião do Fomc do mês passado, que ocorrerá às 15hs.

Em dia de forte aversão ao risco, com o colapso das bolsas chinesas, levando junto as principais commodities, a Bovespa deve, provavelmente, acompanhar a tendência e operar em queda. Da mesma forma, o dólar deve abrir em alta frente ao real, o que deve manter pressionado os vértices mais longos da curva de juros futuros.

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