Hoje na Economia – 08/07/2020

Hoje na Economia – 08/07/2020

Mercados operam entre altos e baixos, nesta quarta-feira, sem definir tendência clara, buscando se recuperar das perdas ocorridas ontem. As preocupações com a pandemia de coronavírus persistem, impondo cautela entre os investidores. A evolução de novos casos nos EUA e em outras partes do mundo ameaça frear a incipiente retomada da economia global, mostrada pelos indicadores de atividade divulgados recentemente.

Na Ásia, os principais mercados de ações fecharam sem direção única. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou próximo à estabilidade. O destaque de alta ficou para as bolsas chinesas, onde o índice Xangai Composto encerrou o pregão de hoje com valorização de 1,74%. Movimento que ainda surfa a onda otimista provocada pela expectativa de que o governo favoreceria um bull market, visto como saudável nesse momento para a economia chinesa. Em Hong Kong, o dia também foi de alta: o Hang Seng apurou ganho de 0,59% na sessão de hoje. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,78% em Tóquio, pressionado por ações ligadas a consumo e eletrônicos. Na Coreia do Sul, o Kospi registrou perda de 0,24% em Seul, enquanto o Taiex avançou 0,64% em Seul. O dólar é cotado a 107,58 ienes, mantendo-se próximo ao valor de 107,57 ienes de ontem à tarde.

As bolsas europeias tentaram esboçar uma recuperação na abertura, buscando minimizar as perdas de ontem, mas não sustentaram a tendência. A maioria dos mercados europeus opera no vermelho, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,49%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,31%; o CAC40 recua 0,89% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem queda de 0,46%. O euro é negociado a US$ 1,1272, ficando pouco abaixo do valor de US$ 1,1275 visto ontem à tarde.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operavam em alta ao longo da madrugada, mas o apetite ao risco dos investidores não se sustentou diante dos temores de que os avanços do coronavírus em diversas partes dos EUA possam abortar a retomada da economia. No momento, no mercado futuro, o Dow Jones recua 0,20%; S&P 500 tem queda discreta 0,03%; Nasdaq opera com alta de 0,02%. No mercado de Treasuries, o T-Bond de 10 anos sobe um ponto base para 0,65% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, opera perto da estabilidade, situando-se em 96,95 pontos.

Ontem à tarde a American Petroleum Institute reportou um aumento nos estoques de petróleo americano, o que coloca viés de baixa nas cotações da commodity, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para agosto, é negociado a US$ 40,58/barril, com queda de 0,10%, no momento.

No mercado doméstico, o IBGE divulga as vendas do comércio varejista, referentes a maio, que segundo o consenso do mercado devem ter subido 5,9% no conceito restrito e 6,7% no ampliado, ambos na métrica mensal. A FGV divulga o IGP-DI de junho, que deve mostrar inflação de 1,47% no mês e 7,70% em doze meses, de acordo com as projeções do mercado. Um bom desempenho das vendas no varejo deve reforçar a corrente majoritária que aposta em manutenção da taxa Selic em 2,25% no Copom de agosto.

Topo