Hoje na Economia – 08/08/2023
Cenário Internacional
Na China, os dados de setor externo referentes a julho, que foram divulgados nesta madrugada, vieram mais fracos do que o esperado pelos analistas. As exportações recuaram 14,5% A/A no mês, contração superior à projetada (-13,2% A/A) e à do dado anterior (-12,4%). As importações também surpreenderam para baixo ao registrar variação de -12,4% A/A, ante expectativa de queda de 5,6% A/A. No mês anterior, as importações haviam retraído 6,8% A/A. O saldo da balança comercial de julho foi superavitário em US$ 80,6 bilhões, avançando em relação a junho (US$ 70,62 bilhões).
Hoje a agenda de dados contou com a divulgação do índice NFIB de otimismo dos pequenos negócios nos EUA, que subiu de 91 para 91,9 em julho. Os mercados também acompanham os discursos de Harker – que adotou tom levemente dovish ao defender estabilidade de juros vis-à-vis altas adicionais – e Barkin, do Fed.
Cenário Brasil
No âmbito local, o destaque da agenda de hoje foi a divulgação da ata da última reunião do COPOM pelo Banco Central. No documento, o comitê reforçou que a estratégia de corte da taxa básica de juros em 50 pb é consistente com a convergência da inflação à meta ao longo do horizonte relevante, ainda que a conjuntura atual siga demandando cautela na condução da política monetária. O comitê manteve a sinalização de que antevê que os próximos ajustes devem ser da mesma magnitude do atual, e que uma aceleração do ritmo de cortes – considerada pouca provável – estaria condicionada a uma deterioração mais intensa do que a esperada da atividade econômica ou a melhoras adicionais substanciais da inflação subjacente e das expectativas. No todo, seguimos com a visão de dependência dos dados e com cenário base de front-loading, que é compatível com cortes de 50, 75 e 75 pb nas próximas reuniões e taxa Selic em 11,25% ao final de 2023.