Hoje na Economia 08/09/2016

Hoje na Economia 08/09/2016

Edição 1598

08/09/2016

Mercados operam entre altos e baixos, nesta manhã, em meio a crescente desconfiança quanto à economia americana, após os sucessivos indicadores econômicos de agosto mostrarem queda na atividade industrial, recuo nos serviços e desaceleração no emprego. O Livro Bege, divulgado ontem, consolidou apostas de que o Fed não deverá subir os juros na reunião deste mês. A cautela também se explica pela expectativa em relação a eventual anúncio de novos estímulos monetários na reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que ocorre hoje as 8h45.

O dólar recua frente às principais moedas, nesta manhã. O índice DXY, que segue o valor da divisa americana diante de uma cesta de moedas, encontra-se em 94,709 pontos, com queda de 0,26%. O yield pago pela Treasury de 10 anos recua 0,44%, situando-se em 1,532% ao ano. O futuro do índice de ações S&P 500 opera com alta de 0,12%.

Na Europa, os mercados de ações operam em alta, mas sem grandes convicções. O índice pan-europeu de ações STOXX600 registra valorização de 0,11%, nesta manhã. A bolsa de Londres sobe 0,52%, segundo o índice FTSE100, enquanto Paris recua 0,03% e Frankfurt perde 0,16%. O euro troca de mãos a US$ 1,1284, com valorização de 0,42%. Em relação à reunião do BCE no dia de hoje, o fraco desempenho da economia e com as condições financeiras não afetadas pelo Brexit, não se espera por uma ação de flexibilização adicional da política monetária europeia.

Na Ásia, a maioria dos mercados de ações fechou em queda pela primeira vez nos últimos quatro pregões. O índice MSCI Asia Pacific teve desvalorização de 0,30%, nesta quinta-feira. Sem motivações adicionais, o investidor aguarda por novos catalisadores, que possam estimular o apetite ao risco, na forma de estímulos monetários adicionais do BCE ou do Banco do Japão. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o dia com queda de 0,32%, resultante do fortalecimento do iene. A moeda americana é cotada a 101,61 ienes, perdendo 0,15%, no momento. Na China, o resultado da balança comercial de agostos, que mostrou melhora nas exportações e importações, pouco ajudou o mercado de ações. O índice Composto de Xangai fechou com alta moderada (+0,13%). Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,75%, no pregão de hoje.

No mercado de commodities, as cotações de petróleo permanecem em alta. O contrato futuro para entrega em outubro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 46,32/barril, com valorização de 1,80%, no momento. O índice geral de commodity da Bloomberg apresenta ganho de 0,57%. Esses resultados não deixam de refletir os bons números sobre o comércio exterior divulgados na China.

Mercados domésticos, principalmente o de ações, devem abrir repercutindo os resultados da decisão monetária do BCE, como também a alta dos preços das commodities por conta dos dados da balança comercial chinesa. Na agenda interna, atenção para o IGP-DI de agosto, que deve mostrar inflação de 0,28% no mês (-0,39% em julho), acumulando alta de 11,1% em doze meses, segundo as projeções do mercado.

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