Hoje na Economia 08/10/2015

Hoje na Economia 08/10/2015

Edição 1374

08/10/2015

Maioria dos ativos considerados de risco, com destaque para ações, opera em queda nesta manhã. Preocupações com a China e dados decepcionantes sobre exportações da Alemanha alimentam temores quanto ao enfraquecimento da economia global.

Em agosto, as exportações da Alemanha apresentaram a queda mais elevada dos últimos sete anos, num sinal de que a maior economia da zona no euro se ressente, também, da desaceleração da economia chinesa e demais emergente. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,14% no momento, refletindo a queda nas ações de mineradoras e telecomunicações. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,32%, na expectativa que o Banco da Inglaterra irá adiar o início do aperto monetário. Em Paris, o CAC40 recua 0,08%, enquanto o DAX de Frankfurt perde 0,02%. O euro é negociado a US$ 1,1302, com valorização de 0,58% diante da moeda americana.

No mercado americano, os futuros de ações tanto do índice S&P como D&J operam em baixa, com quedas de 0,26% e 0,21%, respectivamente, no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,040% ao ano, enquanto o índice DXY, que acompanha a evolução do dólar frente a uma cesta de moedas, encontra-se em 95,164, com queda de 0,35%. Na agenda, a divulgação da ata da última reunião do Fomc, que foi atropelada pelos dados econômicos mais recentes, não devendo fazer mercado.

Bolsas da Ásia fecharam sem uma direção única, levando o índice regional MSCI Asia Pacific a encerrar o dia contabilizando queda de 0,4%. Em Tókio, o índice Nikkei fechou a sessão desta quinta-feira em baixa de 0,99%, motivada pelos temores em relação à desaceleração do ritmo econômico nos emergentes e seus efeitos sobre os países desenvolvidos. A queda de 5,7%, em agosto ante julho, nas encomendas de máquinas japonesas reforçou receios quanto à China, importante parceiro comercial do Japão. No câmbio, o dólar perdeu valor, sendo cotado a 119,80 ienes, contra 120,87 de ontem. Na China, no retorno do feriado prolongado, o Xangai Composto subiu 2,97%, ainda assim decepcionou os investidores que esperavam uma performance melhor. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,71%.

No mercado de commodities, o índice Bloomberg de Commodity mostra queda de 0,39%, nesta manhã. Mas o petróleo recupera parte da queda de ontem. O tipo WTI é negociado a US$ 47,88/barril, com pequena alta de 0,10%.

No Brasil, o quadro político caminha cada vez mais para um beco sem saída. O governo colhe um rosário de derrotas: abertura de processo para impugnação da chapa Dilma/Temer pelo TSE; o TCU rejeita as contas fiscais do governo federal referentes a 2014; a base aliada não consegue, pela segunda vez, reunir quorum suficiente para votar os vetos à pauta bomba. Os prêmios de risco Brasil devem ganhar força. Perde a bolsa brasileira, sobe o valor do dólar e ficam pressionadas as taxas de juros futuros.

Topo