Hoje na Economia 08/11/2017

Edição 1888

08/11/2017

Os ativos americanos, dólar e treasuries, perdem impulso, nesta manhã, em resposta a decisão do Senado de postergar por um ano a possível aprovação da reforma tributária proposta pelo presidente Donald Trump.

Na Ásia, os mercados de ações fecharam sem direção única. O índice MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,20%. Investidores reavaliam o quadro diante da possibilidade de atrasar em um ano a reforma tributária nos EUA, ao mesmo tempo em que acompanham a viagem do presidente Donald Trump pela região. No Japão, a bolsa de Tóquio fechou em leve baixa (índice Nikkei:-0,10%), com ações do setor financeiro liderando as quedas. A moeda japonesa se apreciou frente ao dólar, com a cotação indo para 113,76 ienes de 114,0 ienes de ontem à tarde. Na China, o comércio exterior continua dando sinais de fortalecimento, com aumento do superávit da balança comercial refletindo tanto a elevação das exportações (+6,9%) como das importações (+17,2%). Em outubro, a balança comercial registrou superávit de US$ 38,2 bilhões, de US$ 28,5 bilhões em setembro. No mercado de ações, o índice Composto de Xangai subiu discretos 0,06%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,30%; em Taiwan, o Taiex perdeu 0,20%; em Seul, o Kospi teve alta de 0,27%.

Na Europa, mercados de ações acompanham a Ásia, não mostrando um direcional único. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 opera com queda marginal (-0,12%), neste momento. Em Londres, o FTSE100 tem ganho discreto de 0,07%; em Paris, o CAC40 recua 0,06%; em Frankfurt o DAX sobe 0,07%. O euro troca de mãos a US$ 1,1607, subindo em relação à cotação de US$ 1,1587 de ontem à tarde. Além da preocupação com a reforma fiscal americana, os investidores também focam na questão geopolítica, envolvendo a Coreia do Norte, diante da visita do presidente Trump à Ásia, onde tem solicitado que tanto Rússia como China retire qualquer apoio ao governo norte-coreano.

Entre os ativos americanos, os índices futuros de ações não emitem sinais claros sobre o que pode ser o desempenho hoje. No momento, o futuro do Dow Jones opera estável; o S&P 500 recua 0,03%; o Nasdaq sobe 0,09%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,309% ao ano, mesmo patamar observado ontem à tarde. O índice DXY recua 0,50%, refletindo o enfraquecimento da moeda americana frente a uma cesta de moedas.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em dezembro é negociado a US$ 57,10/barril, com queda de 0,26%, refletindo ainda movimento de realização de lucros após as altas recentes.

No mercado doméstico, a Bovespa pode recuperar parte das perdas de ontem, repercutindo a disposição do governo Temer de concentrar todos os esforços na aprovação da reforma da Previdência ainda este ano. O real também pode recuperar parte do terreno perdido ontem, se beneficiando da fraqueza global que a moeda americana mostra no dia de hoje. Na agenda, será divulgada a inflação medida pelo IGP-DI que deve ter desacelerado para 0,08% em outubro, segundo o consenso do mercado, após subir 0,62% em setembro.