Hoje na Economia – 08/11/2022
Economia Internacional
Nos EUA, o volume de crédito ao consumidor em setembro, que foi divulgado ontem, veio abaixo do esperado pelo mercado (US$ 24,97 bilhões ante expectativa de US$ 30 bilhões), somado a uma revisão para baixo do dado anterior, de US$ 32,24 bilhões para US$ 30,18 bilhões. A desaceleração observada nos dados de crédito reflete a alta de juros pelo Fed e corrobora a visão de enfraquecimento da demanda na economia americana.
Na Zona do Euro, as vendas no varejo ficaram em linha com o esperado em setembro, avançando 0,4% M/M. Na comparação ano contra ano, a queda de 0,6% veio menos intensa do que a esperada (-1,1%) em razão da revisão altista do número de agosto, que saiu de -0,3% M/M para 0,0% M/M.
Hoje a agenda global tem como destaques a divulgação do índice de confiança dos pequenos negócios nos EUA e discursos de Mester, Barkin e Collins do Fed. No overnight, serão divulgados os dados de inflação ao consumidor e ao produtor de outubro na China.
Na esfera política, hoje ocorrem as eleições legislativas e estaduais nos EUA, que deve ter resultado favorável ao Partido Republicano. Para o Senado, há dúvida. Assim, mercados estarão monitorando uma vez que esse resultado delimitará a segunda metade do governo Biden.
Economia Nacional
O Relatório Focus de ontem não trouxe maiores revisões na margem. O consenso para o IPCA deste ano foi de 5,61% para 5,63%, enquanto a projeção para o IPCA de 2023 manteve-se em 4,94%, assim como a de 2024 em 3,5%. Em termos de crescimento, a projeção para o PIB deste ano continuou em 2,76% e o PIB esperado para 2023 subiu 6 pb, de 0,64% para 0,70%. A Selic meta de 2022 manteve-se estável em 13,75%, assim como a de 2023, em 11,25%.
O IGP-DI de outubro variou -0,62% M/M, acima do esperado pelo mercado (-0,75% M/M), acumulando alta de 5,59% nos últimos 12 meses. A surpresa negativa na margem adveio da deflação menos intensa do que a esperada nos preços ao produtor, que caíram 1,04% M/M, e da alta de 0,69% M/M nos preços ao consumidor. No todo, a leitura é de que uma reversão na trajetória dos preços de commodities pode reduzir o viés de baixa para as projeções dos Índices Gerais de Preços neste ano.
O IPC-S da 1ª semana de novembro subiu 0,71%, ligeiramente acima do esperado (0,67%), puxado pela alta de 0,83% em Alimentação.
Para o resto do dia, a agenda doméstica conta com a divulgação dos dados de produção e vendas de veículos da Anfavea no mês de outubro. Também, os investidores devem permanecer atentos às repercussões das discussões acerca do novo modelo fiscal para 2023.