Na China, o governo anunciou um pacote econômico de 10 trilhões de iuanes, em linha com as expectativas do mercado. Apesar disso, a ausência de estímulos diretos à demanda interna frustrou investidores, aumentando a incerteza sobre a recuperação econômica do país. Os preços de commodities e ações de empresas ligadas ao consumo chinês já reagiram negativamente, e o mercado segue atento à possibilidade de novos anúncios, conforme indicado pelo governo.

Nos Estados Unidos, a CNN reportou que Donald Trump avalia Kevin Warsh, com postura hawkish, e Kevin Hassett, mais dovish, como possíveis indicados ao FOMC. A escolha pode influenciar as expectativas de política monetária. Hoje, o mercado também acompanha a divulgação da prévia da confiança do consumidor da Universidade de Michigan para outubro, com previsão de leve alta, o que pode oferecer sinais sobre a resiliência da economia americana.

Cenário Brasil

O IPCA de outubro registrou alta de 0,56%, em linha com as expectativas da SulAmérica Investimentos, mas acima da projeção da Bloomberg, de 0,54%. Serviços subjacentes vieram ligeiramente acima, alinhados com a reinflação esperada, enquanto serviços intensivos em trabalho permaneceram em linha com as expectativas. Esse resultado poderá reforçar as discussões sobre um cenário mais conservador para a política monetária, aumentando a probabilidade de que o Banco Central opte por uma alta de 75 pontos-base na próxima reunião.

Adicionalmente, o mercado segue atento às discussões fiscais, ainda marcadas por incertezas. A percepção de lentidão no avanço do pacote fiscal e de falta de coordenação entre as esferas política e econômica pode elevar o prêmio de risco associado aos ativos brasileiros, impactando a curva de juros e o câmbio.