Hoje na Economia – 08/12/2021

Hoje na Economia – 08/12/2021

As principais bolsas internacionais operam em alta nesta manhã, muito embora sem grande convicção. O ambiente ainda é de recuperação dos ativos de risco após as quedas provocadas pelo aparecimento da variante ômicron do coronavírus. As dúvidas que cercam a nova variante deixam os investidores cautelosos. Há notícias sobre as primeiras pesquisas que indicam para uma severidade menor da variante, como também outras que dizem que testes realizados na África do Sul sugeriram perda de eficácia da vacina da Pfizer.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta pelo segundo pregão consecutivo. A diminuição das preocupações com a variante ômicron abriu espaço para o avanço das ações de tecnologia. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,70% na sessão de hoje, com destaque para os setores de tecnologia da informação e health-care. Medidas adotadas por Pequim para estimular o setor imobiliário ajudaram a alimentar o apetite ao risco dos investidores asiáticos, mesmo com as notícias de que as empresas Evergrande e Kaissa não terão recursos para cumprir obrigações financeiras. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,18%, enquanto o Hang Seng teve valorização marginal de 0,06% em Hong Kong. No Japão, o Nikkei apurou ganho de 1,42% em Tóquio, com destaque para a ação da Chugai Pharmaceutical (alta de 6,78%), após a União Europeia aprovar o uso do medicamento Acterma da farmacêutica para tratamento da covid-19. O sul-coreano Kospi valorizou 0,34% em Seul, em meio ao registro de 7,1 mil casos de covid-19 em um dia, recorde nesta pandemia. Em Taiwan, o Taiex aumentou 0,20%.

As bolsas europeias operam sem direção única, nas primeiras horas do pregão de hoje. Com notícias mistas sobre os riscos oferecidos pela variante ômicron do coronavírus, investidores europeus mostram-se meio avesso aos ativos de risco. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com alta de 0,22%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,38%, enquanto o CAC40 sobe discretos 0,17% em Paris. Em Frankfurt, o DAX registra queda de 0,20%.

Nesta manhã, o dólar recua frente às principais moedas. O índice DXY do dólar cai 0,16%, para 96,21 pontos. O euro sobe para US$ 1,1286/€ (+0,17%) e a libra é negociada a US$ 1,3244/£, enquanto o dólar também recua diante da moeda japonesa para 113,51 ¥/US$. Os juros das Treasuries mostram ligeiro recuo nesta manhã, após terem subido ao longo de toda curva de yield no dia de ontem, quando o juro de 2 anos atingiu o maior nível desde março de 2020. O juro do T-Bond de 10 anos recua um ponto base, para 1,46% ao ano. As bolsas de Nova York devem abrir em alta, dando sequência aos ganhos de ontem, conforme apontam os índices futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq que sobem, no momento, 0,15%; 0,18% e 0,30%, respectivamente.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, em movimento de realização de lucros após as fortes altas recentes. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para janeiro é negociado a US$ 71,74/barril, com queda de 0,43%.

No mercado doméstico, as atenções estarão na reunião do Copom, às 18h30. Deve repetir a alta de 150 pontos na Selic, para 9,25%, conforme o consenso do mercado. Fica a expectativa para a sinalização para a próxima reunião, no início de fevereiro. Pelo lado da atividade, o IBGE divulga as vendas do comércio varejista nacional de outubro, que, no conceito restrito, deve subir 0,6% m/m e cair -6,2% a/a; enquanto no ampliado cai -0,2% m/m e -6,1% a/a, segundo as projeções dos analistas do mercado. O Ibovespa deve subir acompanhando os futuros de NY, enquanto o real deve se apreciar e os juros futuros flutuarem entre margens estreitas à espera do Copom.

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