Hoje na Economia 09/01/2019

Hoje na Economia 09/01/2019

Edição 2170

09/01/2019

As reuniões entre representes de China e EUA para tratar sobre a guerra comercial terminaram num tom otimista, o que ajuda os mercados financeiros a subirem hoje.

Na Ásia as bolsas fecharam em forte alta, com o MSCI Ásia Pacífico subindo 1,3%. O destaque foi a bolsa de Hong Kong, com avanço de 2,27%. Houve altas também nas bolsas de Xangai, 0,71%, e no índice Nikkei225 do Japão, 1,10%. O iene se desvaloriza contra o dólar hoje, -0,16%, cotado a ¥/US$ 108,92.

Na Europa, a taxa de desemprego na Zona do Euro veio abaixo do esperado, 7,9% contra expectativa de 8,1%. O euro está se apreciando 0,14%, cotado a US$/€ 1,1457, com a expectativa de maior inflação, dada a redução de capacidade ociosa vista no desemprego. As bolsas, por sua vez, operam em alta, mas mais devido às negociações entre EUA e China. O índice pan-europeu STOXX600 sube 0,76%, com avanços de 0,82% no FTSE100 de Londres, 1,12% no CAC40 de Paris e 0,84% no DAX de Frankfurt.

Os principais índices futuros de ações americanos operam em alta hoje, com o S&P500 subindo 0,47%. Os juros futuros americanos estão recuando ligeiramente, com a Treasury de 10 anos caindo para 2,735% a.a.. O dólar está perdendo valor contra a maioria das moedas, com o índice DXY recuando -0,09%. O impasse entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o Congresso prossegue em relação à aprovação do orçamento federal, com a paralisação de boa parte das atividades do governo federal. A ata da reunião do FOMC deve ser divulgada hoje, podendo ter grande impacto sobre os mercados, que esperam que ela contenha um tom dovish, como o das mais recentes comunicações de Powell, e não tão hawkish quanto foi o comunicado da decisão.

Os índices de preços de commodities seguem em sua trajetória de recuperação. O índice geral de preços da Bloomberg sobe 0,69%. O preço do petróleo sobe 2,17%, com o barril tipo WTI cotado a US$ 50,86.

O governo Bolsonaro fez reuniões ontem para determinar a proposta da reforma da Previdência que será enviada ao Congresso no começo de fevereiro, devendo utilizar parte do projeto do ex-presidente Temer, que foi aprovado nas comissões nos anos anteriores. Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que o projeto também deve prever a mudança gradual para o regime de capitalização. Os ativos brasileiros devem se valorizar hoje, dado o cenário externo e o noticiário político, ambos favoráveis. Os juros futuros devem recuar, em especial os mais longos, a bolsa deve subir e o real deve se valorizar. O patamar de R$/US$ 3,70 para o real deve ser difícil de ser ultrapassado, mas apenas por fatores técnicos.

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