Hoje na Economia – 09/01/2023

Hoje na Economia – 09/01/2023

Economia Internacional

Nos EUA, os dados do payroll de dezembro, que foram divulgados na última sexta-feira, surpreenderam para cima as expectativas de mercado, em linha com a visão de continuidade da robustez do mercado de trabalho. A criação de vagas no mês veio acima do esperado (223 mil ante 200 mil), ainda que desacelerando em relação ao dado anterior, que foi revisado de 263 mil para 256 mil. A taxa de desemprego, para a qual se esperava manutenção, caiu de 3,6% (dado revisado de 3,7%) para 3,5%. Notícia positiva para os mercados foi o avanço inferior ao esperado dos ganhos salariais, que subiram 0,3% M/M ante expectativa de 0,4% M/M. Divulgado também na última sexta-feira, o ISM de serviços veio mais fraco do que o esperado (49,6 ante 55), com contração importante no componente de novas encomendas (de 56 para 45,2), o que dá suporte à leitura de desaceleração do setor de serviços.

Na Zona do Euro, o índice Sentix de confiança do investidor referente a janeiro ficou em -17,5, levemente acima do esperado (-18) e do dado anterior (-21). A taxa de desemprego manteve-se estável em 6,5%. Na Alemanha, a produção industrial registrou expansão de 0,2% M/M em novembro, surpreendendo positivamente a mediana das projeções (0,1% M/M) e acelerando em relação a outubro (-0,4% M/M). Na comparação interanual, a indústria alemã acumula queda de 0,4%.

Para hoje, a agenda internacional de dados econômicos tende a ser pouco movimentada, contando com a divulgação de dados de crédito ao consumidor nos EUA e discursos de Bostic e Daly, do Fed.

Economia Nacional

O IPC-S da 1ª semana de janeiro teve variação de 0,46%, pressionado pela alta de 0,80% em Educação, Leitura e Recreação.

O Relatório Focus desta segunda-feira trouxe nova rodada de revisão altista para a inflação prospectiva, cujas expectativas têm desancorado na margem. O IPCA esperado para este ano subiu de 5,31% para 5,36%, ao passo que o de 2024 foi de 3,65% para 3,70% e o de 2025, de 3,25% para 3,30%. Em termos de juros, houve revisão da Selic esperada para 2024, que saiu de 9,0% para 9,25%.

Hoje, o restante da agenda contempla a divulgação do saldo semanal da balança comercial. No front político, as repercussões das invasões ocorridas ontem em Brasília devem permanecer sob o radar dos mercados, que se mantêm atentos à incerteza doméstica e ao cenário externo.

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